Festival Setentrional

A 3 de julho, às 16h30, será gravado o Podcast Femina onde a jornalista Vanessa Augusto conversa com a musicóloga Inês Thomas Almeida, na Casa da Caturra e com entrada livre.

01 Jul
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10 Jul

O Ponto C promove, de 1 a 10 de julho, o Festival Setentrional com compositores e intérpretes portugueses da música contemporânea ao jazz, sem esquecer o fado, a música de intervenção ou o blues. Referente ao Norte, seja geograficamente seja evocando as suas características, Setentrional é um festival com assinatura que traz ao Tâmega e Sousa o que de melhor se faz, atualmente, na música nacional com destaque para o improviso de António Victorino d’Almeida, a intensidade da Orquestra do Norte, o carisma de Carminho e a homenagem a Carlos Paredes por Mário Laginha.

“Com o Setentrional propomos uma grande celebração da música portuguesa, ao nível da interpretação e da composição. O Ponto C afirma-se como um palco privilegiado para vários géneros de música, cimentando a relação com a contemporaneidade e com a excelência artística. Estamos muito confiantes com a programação desta primeira edição”, afirma Mónica Guerreiro, diretora artística do Ponto C.

No Ponto C, em Paço de Sousa e em Peroselo, o público vai poder assistir a momentos únicos. A Orquestra do Norte fará o Concerto Inaugural dia 1 de julho, às 21h30, no auditório do Ponto C, sob direção de José Eduardo Gomes. Destaque para a estreia absoluta de “Maidan” de Pedro Emanuel Pereira, e “Sons da Terra” de Anne Victorino d’Almeida.

A 3 de julho, às 16h30, será gravado o Podcast Femina onde a jornalista Vanessa Augusto conversa com a musicóloga Inês Thomas Almeida, na Casa da Caturra e com entrada livre. Às 18h30, uma conferência com Inês Thomas Almeida – especialista em música portuguesa dos séculos XVIII e XIX que se dedica, também, a estudar o papel das mulheres na música ao longo dos séculos – sobre “O apagamento das mulheres na história da música”.

No mesmo dia, às 21h30, no Centro Paroquial de Peroselo, António Victorino d’Almeida dará um concerto solo improvisado ao piano, Uma noite onde o compositor e músico vai percorrer caminhos de liberdade e improvisação com enorme talento e distinção.

Voz maior do fado, Carminho apresenta o seu mais recente disco “Portuguesa” no dia 4, às 21h30. Considerada uma das artistas mais marcantes da sua geração, traz a Penafiel a sua essência, onde tradição e contemporaneidade se entrelaçam de forma sublime. Nomeado para o Grammy Latino na categoria de Melhor Álbum de Raízes de Língua Portuguesa, “Portuguesa” tem levado a fadista a viajar pelo mundo. Deste álbum faz parte o tema “O Quarto”, presente no premiado filme “Poor Things”, de Yorgos Lanthimos.

No Mosteiro do Salvador de Paço de Sousa, os gémeos Fernando Costa (violoncelo) e Luís Costa (piano) partilham, dia 5, às 18h00, “Canção de maio & outras breves”, com destaque para a obra “Breves & Breves” da compositora Anne Victorino d’Almeida entre outras obras portuguesas de diferentes épocas musicais.

No dia seguinte, às 17h30, o jovem pianista Rodrigo Teixeira apresenta “Decantar e outros encontros” cujo repertório inclui obras de Pedro Emanuel Pereira, Francisco Lucena Pais e Franz Liszt. Às 19h00, o quinteto de Barcelos L-Blues dá a conhecer, no anfiteatro do Ponto C, o álbum “Labirinto”, entre o rock, o folk e o blues, que retrata um percurso com dúvidas e inquietações, onde o trajeto tem mais sentido do que o destino.

Dia 8, às 21h30, o Quarteto Caleidoscópio apresenta “Vórtice (para o fim de um tempo 2.0)”, da autoria de Catarina Sá Ribeiro, Daniel Moreira e Miguel Resende Bastos e com encenação de João

Delgado Lourenço. Três visões sobre o fim do tempo, momentos intercalados por instalações sonoras e luminosas.

A 9 de julho, às 21h30, haverá Concerto a Dois Pianos com o pianista e compositor vimaranense Pedro Emanuel Pereira e o russo (exilado em Portugal na sequência da invasão da Ucrânia) Rem Urasin. Exímios pianistas da chamada escola russa, de diferentes gerações, vão revisitar a obra de Pedro Emanuel Pereira, Joly Braga Santos, mas também de Farit Yarullin e Sergei Rachmaninoff.

No âmbito do centenário do mestre da guitarra portuguesa, Carlos Paredes por Mário Laginha chega ao Setentrional dia 10, às 21h30, com o pianista a partilhar o palco com Julian Argüelles (saxofone), Romeu Tristão (contrabaixo) e João Pereira (bateria). Juntos, darão vida a um desafio único, onde a riqueza harmónica do jazz se encontra com a melancolia e a beleza inconfundíveis da música de Carlos Paredes.

Para os mais novos, “Das gavetas nascem sons”, dias 2, 5, 6 e 10 de julho, na Sala Eurico. Composto por 42 gavetas, este objeto musical explora sons e materiais de diversos tipos, tais como madeira, plástico, cartão, borracha, entre muitos outros. Após um pequeno filme, as famílias são convidadas a entrar na instalação e experimentar um “instrumento-poema” que transforma o som guardado em histórias por contar.

A assinatura para a primeira edição do Festival Setentrional custa 45€ e está à venda na bilheteira do Ponto C (de terça a sábado, das 13h30 às 18h30) e on-line (pontocpenafiel.bol.pt).

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