AMP prepara “resposta urgente e imediata” a eventuais incumprimentos na rede Unir

Em causa está “a necessidade de dar uma resposta urgente e imediata a eventuais incumprimentos de operadores” da rede Unir.

Julho 25, 2025

A Área Metropolitana do Porto (AMP) quer preparar-se para uma “resposta urgente e imediata” a eventuais incumprimentos por parte de operadores da rede de autocarros Unir, mas a votação dos pontos que o garantiriam foi esta sexta-feira adiada.

Em causa está “a necessidade de dar uma resposta urgente e imediata a eventuais incumprimentos de operadores” da rede Unir, explicou aos jornalistas o presidente do Conselho Metropolitano (órgão que reúne os 17 autarcas da AMP), Jorge Vultos Sequeira.

O também presidente da Câmara de São João da Madeira disse que “essa matéria está a ser analisada juridicamente” e que a empresa Transportes Metropolitanos do Porto (TMP), liderada por Marco Martins, “está a tomar todas as medidas que sejam necessárias para assegurar a continuidade dos serviços”.

Questionado diretamente se em causa estão incumprimentos nalguns lotes em específico da rede Unir (está dividida em cinco: Norte Poente, Norte Nascente, Norte Centro, Sul Poente e Sul Nascente) e se está em cima a eventual resolução de contratos com os operadores, Jorge Vultos Sequeira disse que foi “expedida uma notificação a diversos operadores no sentido de sanarem incumprimentos que estão a ser constatados”.

“A empresa metropolitana de transportes [TMP] já está no terreno, já tem uma equipa de fiscalização que está a fiscalizar o bom ou mau cumprimento dos contratos [por parte dos operadores], e, portanto, este trabalho faz parte da monitorização contínua que estamos a fazer”, explicou.

Falando num “ato de gestão normal”, Jorge Sequeira reconheceu que “há vicissitudes em vários lotes”, mas não quis particularizar.

“Se surgir alguma necessidade nalgum lote, serão tomadas medidas”, assegurou.

O ponto foi retirado da agenda de hoje por, eventualmente, não ser necessária a sua aprovação pelos autarcas no Conselho Metropolitano, mas poder ser apenas pela Comissão Executiva da AMP, uma vez que para já não estão em causa valores financeiros, mas sim um mecanismo administrativo.

O antigo presidente da AMP, Eduardo Vítor Rodrigues, já tinha admitido, em 09 de maio, pôr em causa os contratos com os transportadores da rede Unir caso estes não cumpram com o estipulado, vincando que a região não pode “aguentar sete anos” de incumprimentos.

“Não é o que eu gostava, mas tenho de dizer que isso tem de estar em cima da mesa porque nós não podemos aguentar sete anos disto”, disse então Eduardo Vítor Rodrigues aos jornalistas, após uma reunião do Conselho Metropolitano do Porto.

Eduardo Vítor Rodrigues apelou às empresas concessionárias da rede de autocarros que iniciou atividade em dezembro de 2023 que tenham “consciência de que estão a fazer transporte de pessoas, a participar na atividade económica da área metropolitana”, e “de cada vez que uma pessoa se atrasa na chegada ao emprego é um problema pessoal e é um problema económico”.

No lote Norte Nascente (Santo Tirso/Valongo/Paredes/Gondomar) opera a Nex Continental, no Norte Poente (Póvoa de Varzim/Vila do Conde) a Porto Mobilidade, no Norte Centro (Maia/Matosinhos/Trofa) a Vianorbus, no Sul Poente (Vila Nova de Gaia e Espinho) a Transportes Beira Douro e no Sul Nascente (Santa Maria da Feira/São João da Madeira/Arouca/Oliveira de Azeméis/Vale de Cambra) a Xerbus.

Hoje foi também adiada uma alteração aos estatutos da TMP para permitir ter maior flexibilidade na gestão financeira.

O presidente da TMP, Marco Martins, adiantou ainda que a empresa deverá mudar-se para as novas instalações em agosto, mês em que também deverão começar a ser colocados nas paragens códigos QR para disponibilizar digitalmente os horários ao público, mas para já sem ser em tempo real.

“Esse tempo real não existe ainda porque, por um lado, os operadores não nos dão a informação técnica necessária para que a plataforma informática funcione, e por outro lado só na sede nova é que podemos instalar a tecnologia necessária para o fazer”, detalhou.

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