Antigo Matadouro do Porto vira M-ODU no verão com investimento de 40 MEuro

O M-ODU, cujo projeto arquitetónico é de autoria partilhada entre o atelier japonês Kengo Kuma & Associates e o gabinete português OODA, vai ser composto por “nove edifícios para escritórios” e “oito mil metros quadrados destinados a galerias e equipamentos públicos”.

Outubro 7, 2025

O M-ODU abre no próximo verão no antigo Matadouro Industrial de Campanhã, no Porto, com nove edifícios para escritórios e oito mil metros quadrados para galerias e equipamentos públicos, representando um investimento de 40 milhões de euros.

“As obras estruturais de reconversão do antigo Matadouro de Campanhã, no Porto, vão terminar ainda este ano” e “durante o mês de dezembro, todos os espaços serão entregues em regime de “core & shell”, ou seja, em estado carcaça, onde as infraestruturas estão todas feitas (fachadas, elevadores, estruturas), mas permitindo que os primeiros inquilinos possam avançar para os acabamentos finais, avançou hoje à Lusa fonte da comunicação da Emerge, empresa de desenvolvimento urbano e promoção imobiliária responsável pela gestão do M-ODU.

Segundo a Emerge, a chegada de “mais de 700 trabalhadores está prevista para o terceiro trimestre de 2026, altura em que se estima que sejam também instalados “todos os serviços de restauração, cafetaria, quiosque, áreas de bem-estar e espaços culturais”.

Os “mais de 700 trabalhadores vão ocupar e dinamizar os vários espaços de escritórios do complexo”, sendo a grande maioria ligada a “empresas do universo Mota-Engil”, avança a Emerge.

O M-ODU, cujo projeto arquitetónico é de autoria partilhada entre o atelier japonês Kengo Kuma & Associates e o gabinete português OODA, vai ser composto por “nove edifícios para escritórios” e “oito mil metros quadrados destinados a galerias e equipamentos públicos”, revela a Emerge.

O projeto conta também com uma área de 600 metros quadrados para uma zona de restauração principal, complementada por uma cafetaria e um quiosque e uma área de bem-estar com estúdios e espaços de tratamento.

A obra representa um investimento de “40 milhões de euros”, com uma concessão de 30 anos e ocupa uma área total de 20 mil metros quadrados, assumindo-se “como um projeto aberto à comunidade”, avança a empresa responsável pelo desenvolvimento urbano e imobiliário.

Neste início de outono, o projeto M-ODU entrou numa “fase decisiva” da obra com os trabalhos estruturais da cobertura a serem realizados, tendo contado recentemente com a visita do arquiteto Kengo Kuma ao complexo.

A cobertura deste novo polo cultural, empresarial e comunitário localizado na parte oriental da cidade do Porto tornou-se uma marca arquitetónica do projeto, pois trata-se de uma camada leve, que parece pairar sobre os edifícios e que se inspira no conceito japonês “komorebi´, que significa “a luz que passa suavemente entre as folhas das árvores”.

“Esta intervenção representa não só um marco técnico, mas sobretudo cultural para a regeneração da zona oriental do Porto, projetando o M-ODU como referência para a inovação, cultura e espírito de comunidade. Neste momento, estamos a assistir a um momento muito simbólico, a instalação da cobertura, protagonista do projeto que representa o espírito ousado e a visão da Emerge para este lugar”, afirma Sílvia Mota, presidente da Emerge.

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