Até às eleições autárquicas, a Rádio Nova dá voz a todos os candidatos à Câmara do Porto.
A Rádio Nova pediu aos candidatos à Câmara do Porto que num minuto explicassem as prioridades das respetivas candidaturas para a cidade.
A candidata da CDU apresenta-se à autarquia portuense com o mote: “um Porto para todos e o pleno direito à cidade de todos os que cá moram e estudam”. Nesse âmbito, Diana Ferreira, defende a construção da habitação pública, algo que encarou como um desafio.Em prol da concretização a este direito, a antiga deputada da Assembleia da República pretende também responsabilizar o Estado Central, bem como trabalhar com associações de moradores e o movimento cooperativo não especulativo.
No capítulo da mobilidade, a comunista propõem o reforço dos transportes públicos “numa rede articulada municipal e metropolitana”. Não esquece ainda a mobilidade suave, como tal deseja trabalhar numa rede ciclável, de forma a “responder às necessidades crescentes de quem anda mais de bicicleta na cidade”.
No setor social, deseja concretizar uma resposta na rede pública de creches, na valorização das carreiras e por consequência nos salários laborais e nas melhores condições de trabalho.
Por último, Diana Ferreira enalteceu à Rádio Nova a vontade de prestar apoio ao movimento associativo popular, além da valorização daqueles que vivem da cultura no Porto.
Passemos ao Bloco de Esquerda. O bloquista Sérgio Aires, que nasceu no Porto e hoje vive na freguesia de Campanhã, revelou à Rádio Nova como grande prioridade para a Invicta o combate à pobreza, um papel que, segundo o bloquista, tem sido debatido e trabalhado pelo partido nos últimos quatro anos. Para esse objetivo passar da teoria à prática, o Plano Municipal “tem de ser evidentemente integrado”.
Num outro capítulo, a habitação, o candidato defende a construção de habitação pública “o mais rapidamente possível” em terrenos municipais como no Monte Pedral. Segundo o cabeça de lista do Bloco de Esquerda, o município do Porto “tem recursos” financeiros disponíveis para esse reforço.Neste âmbito, Os edifícios devolutos da cidade também serão recuperados e transformados em habitação pública a custos controlados. Com estas medidas, Sérgio Aires considera que “a Câmara terá uma resposta ao principal problema da cidade”.
Já no Livre, o candidato Hélder Sousa assumiu como metas à liderança da autarquia portuense: a habitação; mobilidade; e os espaços verdes. “No Porto, as casas são demasiado caras, a mobilidade é caótica e faltam espaços verdes. Muitas famílias não conseguem pagar casa, os estudantes não encontram quarto e as crianças já não têm onde brincar”, disse o cabeça de lista à Rádio Nova.
O também produtor e programador cultural quer apostar em “30% de habitação fora do mercado especulativo”, para disponiblizar aos portuenses “habitações que possam pagar”, e nesse sentido dar uma resposta de emergência às pessoas mais vulneráveis e aquelas que vivem em situação de sem abrigo
Na mobilidade, afirmou ter “metas claras”. “Queremos 100 km de ciclovias seguras, 200 km de corredores bus e a expansão da rede de metro, além de corredores verdes a ligar os bairros e os parques de toda a cidade”, destacou.
No sua candidatura, o partido não esquece o mítico Mercado do Bolhão. Segundo Hélder Sousa com o programa do Livre o espaço “vai ser um grande mercado de frescos e de proximidade para produtores e cooperativas, para estimular a economia regional e promover a alimentação saúdavel e consumos sustentáveis”.
“Queremos ainda mais espaços de encontro e de partilha em todas as freguesias, mas também espaços culturais e de aprendizagem, abertos à comunidade, bem como escolas com paínes solares no centro das comunidades energéticas, que funcionem em locais abertos e fora do horário letivo para a prática desportiva ou para a realização de aulas de português”, finalizou o candidato de 47 anos.
O Aliança Democrática Nacional (ADN) leva Frederico Duarte Carvalho às eleições autárquias pelo círculo eleitoral do Porto. À Rádio Nova o atual jornalista definiu como prioridades a habitação, a segurança, a mobilidade e o turismo sustentável, pilares que na sua ótica devem estar “interligados, construindo a cidade como um todo”.
“Se há mais habitação, temos então que trabalhar também na segurança. As pessoas precisam de mobilidade e para isso precisam também que o Centro Histórico tenha um turismo sustentável”, explicou.
Segundo referiu à Nova Frederico Duarte Carvalho, “a visão de um presidente da Câmara é precisamente de olhar para a cidade como um organismo vivo”.
Direcionemos atenções agora para a lista independente apoiada pelo Partido Trabalhista Português (PTP), encabeçada por Maria Amélia Costa.
À Rádio Nova a candidata referiu que tem como intuito “criar emprego público nas diversas áreas de intervenção da autarquia; gerar quatro mil postos de trabalho, nomeadamente na indústria automóvel, siderúrgica, cimenteira, e agricultura; estabelecer articulação com as escolas, universidades e empresas para fomentar o emprego; e captar investimento privado”.
Quanto à habitação, pretende “disponibilizar casas sociais em função das necessidades, criar mais área de habitação para os particulares, simplificar e criar celeridade nos vários procedimentos para o licenciamento das habitações”.
No espectro da mobilidade, a ainda professora deseja mais transportes públicos e autocarros da STCP “gratuitos para todas as idades dentro da cidade do Porto” e ainda “rever o projeto criado pela Metro do Porto”. Já nos assuntos sociais, compromete-se a apoiar crianças, jovens e idosos carenciados.
“Este é o momento de provar que o Porto tem voz própria”. É deste modo que Nuno Cardoso define o movimento independente “Porto Primeiro” que lidera. “É um movimento do povo portuense para a cidade invicta. Sem vassalagens das certes partidárias de Lisboa, retorquiu à Nova.
O antigo autarca portuense afirmou que no dia 12 de outubro os eleitores do círculo eleitoral do Porto têm a oportunidade de “escolher alguém que conhecem bem, com quem se cruzam na rua e que ajudou a resolver muitos problemas do passado, como a falta de água, ou o trânsito”.
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