Hospital de Gaia está a “avaliar tudo o que se passou” no caso de mãe que levou bebé.

Uma bebé foi retirada pela mãe do internamento de Pediatria do hospital de Gaia na quarta-feira, contornando as medidas de segurança, tendo já sido aberto um inquérito interno, confirmou hoje fonte da Unidade Local de Saúde Gaia/Espinho (ULSGE).
A mãe retirou a filha de quatro meses do hospital, no distrito do Porto, durante a tarde, “após ter sido informada pelo tribunal, durante a manhã, de que a criança seria entregue a uma família de acolhimento” ainda durante o dia de quarta-feira, referiu a mesma fonte.
O caso foi hoje avançado pelo Jornal de Notícias (JN), que refere que, de imediato, o hospital comunicou o desaparecimento da bebé à PSP e ao tribunal.
“Recordamos que todas as crianças internadas utilizam uma pulseira eletrónica que emite alarme caso ultrapassem as portas do serviço, ou caso sejam danificadas ou cortadas. A pulseira da criança foi retirada sem corte ou dano e encontrada no caixote do lixo do quarto, pelo que o alarme não foi acionado”, acrescenta a ULSGE.
A unidade de saúde esclarece ainda que “em momento algum existiu impedimento judicial ao contacto entre a mãe e a filha, mantendo a mãe o direito de visita e tendo acompanhado a criança durante todo o internamento”.
O hospital de Gaia tem um sistema de videovigilância, sublinha ainda o JN.
A Lusa questionou a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde sobre a abertura de um inquérito a este caso e aguarda resposta.
Hospital de Gaia está a “avaliar tudo o que se passou” no caso de mãe que levou bebé
O presidente do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde (ULS) de Gaia/Espinho, Luís da Cruz Matos, disse hoje estar a “avaliar tudo o que se passou” no caso de uma mãe que retirou o bebé do internamento.
“Nós vamos avaliar tudo, vamos avaliar o sistema das pulseiras, vamos avaliar como é que foi possível ela ter sido retirada e vamos fazer os testes todos que pudermos”, garantiu Luís da Cruz Matos aos jornalistas.
Uma bebé de quatro meses foi retirada pela mãe do internamento de Pediatria do hospital de Gaia na quarta-feira, depois de lhe conseguir tirar a pulseira eletrónica que emite alarme caso ultrapassem as portas do serviço, seja danificada ou cortada, após ter sido informada pelo tribunal de que a criança seria entregue a uma família de acolhimento.
A pulseira eletrónica foi encontrada intacta no caixote do lixo da casa de banho do quarto onde a criança estava internada.
“Temos de retirar daqui uma aprendizagem para que isto não se repita, isto não pode voltar a acontecer, nós não vamos deixar que isto volte a acontecer e, por isso, vamos retirar daqui todos os ensinamentos”, referiu.
Luís da Cruz Matos insistiu que o hospital está a avaliar tudo aquilo que se passou e como é que a mãe conseguiu tirar a pulseira da bebé.
Fonte da PSP/Porto adiantou hoje à agência Lusa que está a investigar a situação, através da divisão de investigação criminal, acrescentando que, neste momento, se encontra a realizar diligências no sentido de encontrar a mãe e a bebé.
Segundo a mesma fonte, para já, não há novas informações sobre o caso.
Em causa pode estar a prática de um crime de subtração de menores, acrescentou.