No exercício de 2024 o investimento global totalizou 24.928.096 euros, o que representa 23,3% das despesas totais do município, permanecendo assim com um peso significativo no orçamento municipal.
A Câmara da Maia aprovou, com o voto contra do PS, o relatório e contas de 2024 que apresenta um resultado líquido superior a 16 milhões de euros, mais 20,8% do alcançado no exercício anterior, revelou o município.
No documento enviado à Lusa lê-se que as demonstrações financeiras do município a 31 de dezembro de 2024 “compreendem um balanço que evidencia um total de 534.705.877 euros e um total de património líquido de 481.878.552 euros, incluindo um resultado líquido do período de 16.190.054 euros, que regista um crescimento de 20,8% comparativamente com o alcançado no exercício anterior”.
O comunicado, sobre a evolução da dívida, assinala no período compreendido entre 2018 e 2024, uma trajetória decrescente ao alcançar uma redução na ordem dos 28,4 milhões de euros. De 34.955.366 euros em 2018 passou para 6.530.128 euros no final de 2024, o que em termos percentuais dita uma diminuição a rondar os 81%.
A tendência de diminuição é reforçada com a dívida do município a reduzir 3.060.502 euros em relação ao final da gerência de 2023. Passou de 9.590.630 euros para 6.530.128 euros, correspondendo a menos 32%, uma redução verificada nas duas componentes de natureza orçamental, que diminui 1.839.418 euros e não orçamental, que desce 1.221.084 euros, continua o documento.
Do total da dívida 3.565.177 euros são de natureza orçamental enquanto a componente não orçamental tem o valor de 2.964.951 euros, e reflete o passivo de médio e longo prazo resultante da operação de cessão de créditos das rendas da habitação social, quantias que, em relação aos valores apurados no final do ano antecedente, evidenciam uma redução de, respetivamente, 34% e 29,2%, sublinha o município.
Assinala o executivo, que o total de receita cobrada líquida é de 185.244.831 euros, refletindo uma taxa de execução de 108% e uma despesa total paga de 106.860.404 euros, o que espelha uma taxa de execução da despesa de 62,3%, que em termos de despesa faturada se reposiciona em 99,7%, gerando um saldo para a gerência seguinte de 78.384.427 euros.
No exercício de 2024 o investimento global totalizou 24.928.096 euros, o que representa 23,3% das despesas totais do município, permanecendo assim com um peso significativo no orçamento municipal. O investimento direto constitui a maior parcela do investimento global, 90,7%.
Da análise à estrutura das Grandes Opções do Plano do exercício de 2024, verifica-se que as funções sociais assumem a maior preponderância neste exercício, ao totalizarem 54.710.584 euros representam 51,1% do total da despesa municipal, destacando-se as intervenções nas áreas da educação, com 21.285.605 euros e habitação e serviços coletivos, com 19.917.479 euros.
No relatório aprovado, o executivo conclui que o município “conseguiu superar com sucesso os desafios impostos pelo contexto macroeconómico de austeridade profunda que caracterizou a última década, agravado nos dois últimos anos por força da situação pandémica COVID-19, Guerra na Ucrânia e Conflito no Médio Oriente, sem descurar o equilíbrio das finanças públicas”.
Em declarações enviadas à Lusa, o presidente da câmara, liderada pela coligação PSD/CDS, António Silva Tiago afirmou que “os ativos municipais foram acrescidos, sendo que o Património Líquido foi reforçado em 24,8 milhões de euros” enquanto a “evolução da dívida mantém o seu percurso fortemente descendente, tendo diminuído 32% em relação ao ano anterior, situando-se a dívida de natureza orçamental nos 3,6 milhões de euros”.