Marcarão presença o presidente da Câmara Municipal do Porto, Pedro Duarte, o presidente da Metro do Porto, Emídio Gomes, e Cristina Pimentel, presidente do conselho de administração da STCP — Sociedade de Transportes Coletivos do Porto.

A Câmara do Porto, a Metro e a STCP vão assinar, na quinta-feira, o memorando para operar o metrobus, ocasião em que será conhecida a solução para terminar e iniciar o serviço na Casa da Música.
De acordo com uma nota de agenda divulgada esta quarta-feira, que cita o presidente da Câmara Pedro Duarte, o município estará “em condições de apresentar uma solução para o projeto do BRT (Bus Rapid Transit) no troço Casa da Música — Império”, referindo um “acordo tripartido entre Município, Metro e STCP”, cuja assinatura decorrerá na Sala D. Maria da Câmara Municipal, pelas 15:00.
Marcarão presença o presidente da Câmara Municipal do Porto, Pedro Duarte, o presidente da Metro do Porto, Emídio Gomes, e Cristina Pimentel, presidente do conselho de administração da STCP — Sociedade de Transportes Coletivos do Porto.
A circulação do metrobus está dependente da assinatura deste memorando de entendimento, que até hoje se supôs quadripartido entre o Estado, a Câmara do Porto, a Metro do Porto e a STCP, tendo estas duas últimas entidades já estabelecido um acordo quanto ao documento, algo anunciado no dia 19 de novembro.
A obra da primeira fase do metrobus, entre a Casa da Música e a Praça do Império, está concluída desde o verão de 2024 e as obras da segunda fase, suspensas pela nova administração da Metro do Porto em outubro, recomeçaram em 03 de novembro na Avenida da Boavista, entre o Colégio do Rosário e a Fonte da Moura.
Um mês antes, a Metro do Porto tinha decidido fazer uma “paragem técnica temporária” da obra desta segunda fase do metrobus.
As obras da segunda fase do metrobus arrancaram em 22 de setembro, no corredor bus dedicado da Avenida da Boavista, no troço compreendido entre a Rua Jorge Reinel e a Avenida do Dr. Antunes Guimarães, e foram alvo de contestação, quer por parte de candidatos à presidência da autarquia, quer por populares, nomeadamente quanto ao abate de árvores.
Aquando do avanço da empreitada, a empresa era liderada por Tiago Braga (PS), que foi entretanto substituído por Emídio Gomes (PSD), ex-reitor da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e apoiante de Pedro Duarte, atual presidente da Câmara do Porto, na campanha eleitoral.
Em novembro, Pedro Duarte disse que a Câmara do Porto já tinha recebido a versão final do memorando de entendimento necessário ao funcionamento do metrobus, sendo a assinatura do documento “uma questão de dias”.
O Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT) já homologou os veículos destinados à operação do metrobus e que estão a decorrer “ensaios dinâmicos” dos veículos.
A 07 de junho, a STCP, futuro operador do metrobus, considerou “inviável” a inversão de marcha em contramão no topo da Avenida da Boavista, afirmando que quer o veículo a contornar a rotunda, para evitar comprometer o serviço e congestionar o trânsito.
Uns dias depois, a Metro garantiu à Lusa que “todo o projeto do metrobus” foi feito em articulação com a Câmara do Porto e que a inversão de marcha na rotunda da Boavista foi testada antes do arranque da empreitada.
A 14 de julho, o então presidente da autarquia, Rui Moreira, disse que não iria “perder mais tempo” com o assunto do metrobus, após ter revelado que tinha recebido uma carta do ministro das Infraestruturas sobre o memorando e que as preocupações do município não tinham sido atendidas.
O metrobus do Porto será um serviço de autocarros a hidrogénio que ligará a Casa da Música à Praça do Império e à Anémona (na segunda fase) em 12 e 17 minutos, respetivamente.
O conjunto dos veículos e do sistema de produção de energia custaram 29,5 milhões de euros. Já a empreitada do metrobus custa cerca de 76 milhões de euros.