O candidato do ADN à Câmara do Porto defendeu esta terça-feira a ideia de criar um Grande Porto, que já “existe no papel, mas não é efetivo”, para melhor resolver os problemas na cidade junto do poder central.

O candidato do ADN à Câmara do Porto defendeu esta terça-feira a ideia de criar um Grande Porto, que já “existe no papel, mas não é efetivo”, para melhor resolver os problemas na cidade junto do poder central.
Frederico Duarte Carvalho falava à Lusa à saída de uma “visita de cortesia” ao atual presidente da autarquia, o independente Rui Moreira, destinada a conversar sobre algumas das ideias do partido Alternativa Democrática Nacional (ADN) nesta campanha, que esta terça-feira começa, e para tentar perceber o que é que faz um presidente da Câmara, nomeadamente sobre os limites das promessas que se fazem em campanha eleitoral.
Rui Moreira “explicou-me algumas das dificuldades que teve como presidente da câmara, nomeadamente com o poder central, sobre os limites que as câmaras têm e sobre a ansiedade dos portuenses em situações que muitas vezes se podem resolver a nível autárquico, mas noutras nada se pode fazer por força da lei”, disse o cabeça de lista do ADN.
Frederico Carvalho disse ter percebido que “há duas formas de pressionar o poder central para resolver os problemas na cidade do Porto: uma chama-se Área Metropolitana do Porto, que existe, são 17 municípios, a outra é o Grande Porto, que existe no papel, mas não existe efetivo”.
“E, portanto, eu penso que se há uma ideia que eu posso tirar daqui é fazer um Grande Porto efetivo. Uma espécie de Casa dos 24, com o Grande Porto”, sustentou.
A ideia do candidato é “incluir os municípios que estão à volta da cidade do Porto e que fazem os chamados movimentos pendulares na questão da mobilidade, na questão da habitação, na questão da segurança”.
“É com eles que temos de articular e depois falar com o poder central para dizer a uma só voz e não a várias vozes o que é que realmente queremos para a cidade”, explicou.
Por exemplo, na questão da habitação, “o Porto tem mais habitação social do que a média nacional. Isso acontece porque o Porto investiu mais do que as outras cidades à volta do Grande Porto. Ora, os investimentos e o pensamento têm que ser planeados estrategicamente. A única coisa onde isso efetivamente acontece é na STCP (Sociedade dos Transportes Coletivos do Porto)”, disse.
Em seu entender, “há municípios da Área Metropolitana do Porto que não influem naquilo que é o Grande Porto”.
Concorrem à Câmara do Porto Manuel Pizarro (PS), Diana Ferreira (CDU – coligação PCP/PEV), Nuno Cardoso (Porto Primeiro – coligação NC/PPM), Pedro Duarte (coligação PSD/CDS-PP/IL), Sérgio Aires (BE), o atual vice-presidente Filipe Araújo (Fazer à Porto – independente), Guilherme Alexandre Jorge (Volt), Hélder Sousa (Livre), Miguel Corte-Real (Chega), Frederico Duarte Carvalho (ADN), Maria Amélia Costa (PTP) e Luís Tinoco Azevedo (PLS).
O atual executivo é composto por uma maioria de seis eleitos do movimento de Rui Moreira, que cumpre o seu terceiro e último mandato, e uma vereadora independente, sendo os restantes dois eleitos do PS, dois do PSD, um da CDU e um do BE.
As eleições autárquicas realizam-se a 12 de outubro.