Candidato do Chega acusa Pedro Duarte de ter “todas as posições” sobre metrobus no Porto

O candidato do Chega à Câmara Municipal do Porto, Miguel Corte-Real, acusou esta segunda-feira Pedro Duarte, que encabeça a coligação PSD/CDS-PP/IL, de já ter tido “todas as posições e o seu contrário” sobre o metrobus.

Setembro 22, 2025

O candidato do Chega à Câmara Municipal do Porto, Miguel Corte-Real, acusou esta segunda-feira Pedro Duarte, que encabeça a coligação PSD/CDS-PP/IL, de já ter tido “todas as posições e o seu contrário” sobre o metrobus.

“Pedro Duarte estava sentado ao lado de Pinto Luz [ministro das Infraestruturas] enquanto o seu colega de governo assinava o despacho que leva à obra que agora está a começar [segunda fase do metrobus] e a que ele simula opor-se”, referiu o candidato, em comunicado.

E acrescentou: “Já teve todas as posições sobre esta matéria e o seu contrário. Todas essas posições são simuladas”.

No sábado, o candidato da coligação “O Porto Somos Nós” (PSD/CDS/IL) participou numa manifestação de protesto junto ao liceu Garcia de Orta, na Avenida da Boavista, no Porto, contra o arranque das obras da segunda fase deste projeto.

Na sua opinião, a decisão da administração da Metro iniciar esta segunda-feira a segunda fase das obras do metrobus (Boavista – Anémona) é uma provocação.

“Pedro Duarte ainda tentou mais uma simulação ao fingir liderar uma “manifestação do povo do Porto” quando, na realidade, tinha atrás de si cartazes impressos pela sua campanha e empunhados por militantes do PSD, CDS e IL, administradores da empresa municipal e funcionários de Rui Moreira [atual presidente da câmara] que, no fundo, são os grandes responsáveis por não terem defendido a cidade”, apontou.

Além de Pedro Duarte, Miguel Corte-Real criticou ainda o candidato do PS, Manuel Pizarro, dizendo que foi eurodeputado, presidente da Distrital do PS/Porto e ministro, motivos pelos quais “poderia e deveria ter feito muito mais”.

O candidato do Chega assumiu estar contra este projeto, defendendo que o que está feito seja convertido num projeto urbanístico que devolva à Avenida da Boavista o seu caráter com árvores, faixas para automóveis transitáveis e transporte público de “primeiro mundo” e não o “modelo suburbano que ali está a ser instalado e não vai funcionar”.

O candidato do Chega ressalvou que este projeto tem erros crassos e custa milhões.

As obras da segunda fase do metrobus do Porto (Boavista – Anémona) arrancaram esta segunda-feira, mas apenas no segmento até ao liceu Garcia de Orta, anunciou na quinta-feira a Metro do Porto, que garante ausência de impacto no trânsito.

“A obra decorre, apenas, no corredor bus dedicado e central da Avenida da Boavista, no troço compreendido entre a rua Jorge Reinel (junto ao Colégio do Rosário) e a Avenida do Dr. Antunes Guimarães e entre esta e a Rua Miguel Torga (na zona da Escola Garcia de Orta)”, pode ler-se num comunicado da Metro do Porto enviado às redações.

O atual executivo é composto por uma maioria de seis eleitos do movimento de Rui Moreira e uma vereadora independente, sendo os restantes dois eleitos do PS, dois do PSD, um da CDU e um do BE.

Concorrem à Câmara Municipal do Porto Manuel Pizarro (PS), Diana Ferreira (CDU – coligação PCP/PEV), Nuno Cardoso (Porto Primeiro – coligação NC/PPM), Pedro Duarte (coligação PSD/CDS-PP/IL), Sérgio Aires (BE), o atual vice-presidente Filipe Araújo (Fazer à Porto – independente), Guilherme Alexandre Jorge (Volt), Hélder Sousa (Livre), Miguel Corte-Real (Chega), Frederico Duarte Carvalho (ADN), Maria Amélia Costa (PTP) e Luís Tinoco Azevedo (PLS).

As eleições autárquicas realizam-se a 12 de outubro.

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