Candidato Pedro Duarte quer “avaliar reversão” ou mudar metrobus do Porto

O candidato do PSD/CDS-PP/IL à Câmara do Porto, Pedro Duarte, quer constituir uma equipa de trabalho para “avaliar a reversão ou alteração profunda do atual projeto metrobus”, criticando a “destruição paisagística” da Avenida da Boavista.

Agosto 19, 2025

O candidato do PSD/CDS-PP/IL à Câmara do Porto, Pedro Duarte, quer constituir uma equipa de trabalho para “avaliar a reversão ou alteração profunda do atual projeto metrobus”, criticando a “destruição paisagística” da Avenida da Boavista.

“A coligação “O Porto Somos Nós” (PPD/PSD.CDS-PP.IL) propõe à próxima Administração da Metro a constituição de uma equipa de trabalho conjunta com a Câmara Municipal do Porto” onde se possa “avaliar a reversão ou alteração profunda do atual projeto metrobus”, pode ler-se num comunicado da candidatura de Pedro Duarte em reação à entrevista à Lusa do presidente da Metro do Porto, Tiago Braga, na segunda-feira.

Para o candidato autárquico, a equipa de trabalho deve também “projetar uma solução alternativa, ambientalmente sustentável (como, por exemplo, um “elétrico moderno”), que assegure melhor serviço de transporte público e mobilidade equilibrada”.

Depois de criticar a “destruição paisagística” da Avenida da Boavista, cujo desenho urbanístico foi articulado entre a Câmara do Porto e a Metro do Porto, Pedro Duarte sugere “requalificar” a avenida “com mais árvores, mais sombra e um enquadramento paisagístico que prepare a cidade para os desafios ambientais do futuro”.

“Esta reavaliação do projeto deve maximizar o investimento já realizado, mas deve ter como farol o bem-estar dos portuenses”, refere o comunicado que, citado no texto, refere que “os portuenses merecem uma mobilidade moderna, sustentável e transparente, em vez de projetos inacabados que hipotecam o futuro da cidade”.

Pedro Duarte atacou ainda a “inaceitável fuga às responsabilidades” e a “incompetência com que a gestão socialista da Metro do Porto lidou com os portuenses ao longo dos últimos anos”, observando o “absoluto impasse” do metrobus sem vislumbre de “qualquer solução futura”.

O presidente da Metro do Porto, Tiago Braga, considerou que a história do desenvolvimento do metrobus do Porto “daria um livro” porque “foi muitas vezes mal contada”, até por “maldade”, nomeadamente na questão das portas dos autocarros.

Segundo Tiago Braga, “é totalmente mentira que tenha havido um problema com as portas” e também é mentira “a ausência de planeamento” na chegada dos veículos.

Para o responsável, as críticas sobre esse assunto foram “ridículas” e postas a circular “por maldade”, recusando agora “estar calado quando dizem que os veículos estão atrasados porque se enganaram nas portas”.

Quanto à assinatura do protocolo entre a Metro do Porto, o Estado e o Município do Porto para formalizar a operação, ainda não foi assinado e já não está com a transportadora porque “passou a ser gerido diretamente entre a estrutura ministerial e a Câmara Municipal”.

Já quanto à questão da inversão de marcha na Rotunda da Boavista, para Tiago Braga “não há problema nenhum” em fazê-la em frente à Casa da Música, em contramão, recordando que essa solução, anunciada em janeiro de 2023, “resulta de pedidos expressos da Câmara Municipal”.

O responsável alertou ainda que caso o veículo tenha mesmo de dar a volta à rotunda, bem como misturar-se com o restante tráfego noutros eixos, a eficácia do sistema BRT (Bus Rapid Transit, vulgo metrobus) “é colocada em causa”.

Concorrem à Câmara Municipal do Porto Manuel Pizarro (PS), Diana Ferreira (CDU — coligação PCP/PEV), Nuno Cardoso (Porto Primeiro – coligação NC/PPM), Pedro Duarte (PSD/IL/CDS-PP), Sérgio Aires (BE), o atual vice-presidente Filipe Araújo (movimento independente), António Araújo (movimento independente), Alexandre Guilherme Jorge (Volt), Hélder Sousa (Livre), Miguel Corte-Real (Chega) e Frederico Duarte Carvalho (ADN).

O atual executivo é composto por uma maioria de seis eleitos do movimento de Rui Moreira e uma vereadora independente, sendo os restantes dois eleitos do PS, dois do PSD, um da CDU e um do BE.

As eleições autárquicas estão marcadas para 12 de outubro.

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