Candidatos ao Porto unânimes nos problemas da segurança e habitação divergem na sua resolução

Na mobilidade, os candidatos apontaram a importância de promover o transporte público e resolver os problemas da VCI.

Junho 27, 2025

Os 11 candidatos à Câmara do Porto foram hoje unânimes na necessidade de criar habitação a preços acessíveis, aumentar o número de polícias nas ruas e promover os transportes públicos, mas divergiram na sua resolução.

Num debate de mais de duas horas na Alfândega do Porto, os candidatos ao Porto, autarquia liderada pelo independente Rui Moreira, consideraram que é urgente resolver os problemas da habitação, nomeadamente os preços “absolutamente inacessíveis”, impulsionar a utilização dos transportes públicos em detrimento do carro e aumentar o número de polícias nas ruas da cidade tendo, a discórdia, surgido nas medidas para os resolver com, cada candidato, a apresentar soluções diferentes.

Em matéria de segurança, o atual vice-presidente e candidato do movimento independente “Fazer à Porto”, Filipe Araújo, apontou a necessidade de haver mais agentes na rua, quer da Polícia Municipal, quer da PSP, para aumentar a segurança.

Também António Araújo, do movimento “Porto à Porto”, defendeu o reforço do policiamento de proximidade nas zonas críticas e o aumento do número de câmaras de videovigilância.

Por seu lado, Manuel Pizarro, do PS, apontou o tráfico de droga como um dos maiores problemas de segurança na cidade cuja resolução passa por mais policiamento e apoio social aos consumidores.

Mais polícias, mais videovigilância e mais iluminação pública são algumas das soluções apontadas por Pedro Duarte, da coligação “O Porto Somos Nós” que junta PSD, IL, CDS-PP, para resolver a insegurança.

Já Aníbal Pinto, da Nova Direita, referiu que o Porto é a terceira cidade de Portugal com mais criminalidade e, mais do que mais efetivos nas ruas, quer a sua gratificação.

Pela CDU, Diana Ferreira, que salientou que o policiamento de proximidade desapareceu, sublinhou que é preciso mais polícias, combater o tráfico de droga e uma intervenção social no consumo.

Na opinião de Nuno Cardoso, pelo movimento “Porto Primeiro”, é preciso equiparar a Polícia Municipal à PSP.

Apesar de defender a presença de mais polícias nas ruas, Sérgio Aires, do BE, vincou que o Porto é uma das cidades mais seguras do mundo sendo, por isso, essencial prevenir, mas não alarmar.

Na visão de Vitorino Silva (RIR), a polícia tem de antecipar o crime e, neste momento, não está preparada para isso.

“Não há nada que nos diga que o Porto é uma cidade insegura, o que aumentou foi a violência doméstica e de género”, considerou Hélder Sousa, do Livre.

Também Alexandre Guilherme Jorge (Volt) destacou o aumento da violência doméstica, de género e da extrema-direita.

No que diz respeito à habitação, os candidatos concordaram que os preços das habitações estão “absolutamente inacessíveis”, sobretudo para os jovens, sendo preciso “agir já”.

Mas, para enfrentar o problema, os 11 candidatos apresentaram soluções diferentes desde dar maior atenção ao setor cooperativo, transformar património público e municipal devoluto em habitação, construir e comprar mais, desenvolver projetos de habitação colaborativa, controlar o alojamento local e vender as casas sociais a quem lá vive.

Na mobilidade, os candidatos apontaram a importância de promover o transporte público e resolver os problemas da VCI.

O atual executivo é composto por seis eleitos pelo movimento independente de Rui Moreira, três eleitos pelo PS, dois do PSD, um da CDU e um do BE.

As eleições autárquicas deverão ocorrer entre 22 de setembro e 14 de outubro deste ano.

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