Entra-se na Casa pelo Pátio, que será publicado pela Dom Quixote em Março de 2026, foi o original escolhido entre os 222 que se candidataram ao Prémio de Poesia Nuno Júdice.

Carla Louro é a vencedora da 1.ª Edição do Prémio de Poesia Nuno Júdice.
Com o original Entra-se na Casa pelo Pátio, assinado com o pseudónimo de Clara Fazenda, a nova autora conquistou, por unanimidade do júri, o prémio recentemente criado pela Dom Quixote, no âmbito dos 60 anos da editora, com o intuito de prestar homenagem a um dos mais destacados poetas de língua portuguesa.
O nome da premiada foi conhecido ao final desta manhã, na livraria Buchholz, onde o júri, depois de se ter reunido na véspera, qualificou deste modo a obra vencedora: «Estamos, assim, perante um livro íntimo, feminino e muito emotivo, embora nunca sentimental, bem como de uma poesia clara, mas não simplista. É ainda importante referir que o texto é de uma extraordinária contenção, sobretudo tendo em conta a sua grande profundidade.»
Presidido por Maria do Rosário Pedreira, poeta e editora, e composto por Cecília Andrade, editora da Dom Quixote e dos livros de Nuno Júdice, Ricardo Marques, poeta, tradutor e investigador, Filipa Leal, poeta e jornalista, e Sandra Mendes, editora da LeYa, o júri destacou ainda a originalidade do livro, “onde não faltam analogias e metáforas aparentemente simples, mas que se revelam inesquecíveis e fulgurantes” exemplificando aquelas das quais “sobressaem as que se relacionam com as linhas, que tão depressa são as linhas do poema ou as linhas dos cadernos em que se escreve como são as linhas de coser”.
Entra-se na Casa pelo Pátio, que será publicado pela Dom Quixote em Março de 2026, foi o original escolhido entre os 222 que se candidataram ao Prémio de Poesia Nuno Júdice.
Carla Louro nasceu em Santarém em 1969. É licenciada em Arquitectura pela Universidade Lusíada e é Arquitecta no Município de Abrantes.
Quis ser bailarina mas nunca foi. Gosta de linhas, mas nunca soube desenhar bem.
Não gosta de escrever com uma caneta qualquer.
Entre os seus poetas de eleição está, precisamente, Nuno Júdice mas também Ana Luísa Amaral e Adília Lopes.
Há sete anos que pensava reunir os seus poemas num livro mas só se atreveu a fazê-lo ao ver o anúncio do Prémio de Poesia Nuno Júdice.
Entra-se na Casa pelo Pátio marca a sua estreia literária.