Numa ação de pré-campanha eleitoral, a CDU reuniu esta manhã com a associação Alma Stop, que representa músicos do centro comercial Stop, para, disse à Lusa Diana Ferreira, “partilhar um compromisso de defesa deste espaço”.

A candidata da CDU ao Porto, Diana Ferreira, garantiu esta quarta-feira que reivindicará sempre para que o centro comercial Stop se mantenha nas mãos dos músicos e criadores que ali trabalham e continue a ser um polo cultural da cidade.
“Queremos que o centro comercial Stop esteja nas mãos daqueles que são os músicos que cá trabalham, e que este seja efetivamente um polo de cultura da cidade, para músicos, com salas de ensaio, com salas de apresentação, para que haja também criadores culturais que possam ocupar este espaço, sem prejuízo de outras instalações complementares, como existe neste momento na Escola Pires de Lima”, disse a cabeça de lista da coligação PCP/PEV à Câmara Municipal.
Numa ação de pré-campanha eleitoral, a CDU reuniu esta manhã com a associação Alma Stop, que representa músicos do centro comercial Stop, para, disse à Lusa Diana Ferreira, “partilhar um compromisso de defesa deste espaço”.
“Este assunto não pode cair e, da parte da CDU, os músicos que cá estão podem contar connosco para defender que continuem cá. Viemos dizer aos músicos e outros criadores culturais que estamos comprometidos, até de um ponto de vista autárquico, com a defesa do centro comercial Stop”, resumiu.
Diana Ferreira recordou que muitas das intervenções no espaço foram feitas “a expensas próprias” pelos utilizadores que “lhe têm dado vida e o reavivaram”.
“O espaço esteve muito tempo parado e, de alguma forma, estes trabalhadores da cultura reavivaram-no. É importante que este continue a ser o polo que tem sido nos últimos tempos. Sabemos que isto não será resolvido até ao final deste mandato, mas entendemos que é um tema que não pode ficar esquecido. Não faz sentido [fechar este polo] a partir do momento em que a associação, que representa um conjunto de trabalhadores da cultura e de músicos, quer continuar aqui e bem”, sublinhou.
Diana Ferreira adiantou que, no sábado, a CDU terá uma iniciativa dedicada exclusivamente à cultura, com a apresentação do Manifesto Cultural para a cidade do Porto, na qual será feita a projeção de um documentário sobre o centro comercial e apresentadas propostas de valorização de diferentes elementos da cidade.
“Em relação aos músicos do Stop, defendemos a sua manutenção aqui e o efetivo reconhecimento deste espaço como um polo cultural da cidade do Porto integrado noutros, porque entendemos também que a cultura deve estar, e os seus polos culturais devem estar espalhados pela cidade e não concentrados”, acrescentou.
Em 18 de julho de 2023, 105 das 126 lojas do centro comercial, onde maioritariamente funcionam salas de ensaio de música e estúdios, foram seladas pela Polícia Municipal do Porto, deixando quase 500 artistas e lojistas sem terem para onde ir.
Depois de muita contestação, o Stop reabriu a 04 de agosto desse ano com um corpo de bombeiros em permanência à porta, que só de lá saiu em julho de 2024, após uma inspeção ter concluído estarem reunidas as condições de segurança.
Na sequência do encerramento temporário, o município apresentou a Escola Pires de Lima como alternativa aos músicos.
Em 30 de julho, o Stop foi classificado como monumento de interesse municipal, segundo edital publicado em Diário da República, que estabelece uma zona de proteção de 50 metros em redor do edifício.
O atual executivo é composto por uma maioria de seis eleitos do movimento de Rui Moreira e uma vereadora independente, sendo os restantes dois eleitos do PS, dois do PSD, um da CDU e um do BE.
Concorrem à Câmara do Porto Manuel Pizarro (PS), Diana Ferreira (CDU – coligação PCP/PEV), Nuno Cardoso (Porto Primeiro – coligação NC/PPM), Pedro Duarte (coligação PSD/CDS-PP/IL), Sérgio Aires (BE), o atual vice-presidente Filipe Araújo (Fazer à Porto – independente), Guilherme Alexandre Jorge (Volt), Hélder Sousa (Livre), Miguel Corte-Real (Chega), Frederico Duarte Carvalho (ADN), Maria Amélia Costa (PTP) e Luís Tinoco Azevedo (PLS).
As eleições autárquicas realizam-se a 12 de outubro.