Chega defende cultura “livre” e “para todos” no Porto

O cabeça de lista do Chega à Câmara do Porto, Miguel Corte-Real, disse esta terça-feira que o partido pretende fomentar um setor da cultura “livre” e “para todos” na cidade.

Outubro 7, 2025

O cabeça de lista do Chega à Câmara do Porto, Miguel Corte-Real, disse esta terça-feira que o partido pretende fomentar um setor da cultura “livre” e “para todos” na cidade, privilegiando a sua ligação à educação.

“Defendemos uma visão de cultura aberta, participada, viva, para todos. Não queremos uma visão da cultura dependente. Queremos que seja livre, que viva em espaços como este, mas também na rua. Quando a rua é ocupada por cultura, não é ocupada por coisas menos boas”, declarou o candidato, à margem de uma visita ao Batalha-Centro de Cinema.

O candidato afirmou o desígnio do partido de “investir em cultura e ter uma programação vibrante” na cidade, mas não que “o dinheiro da cultura seja mal gasto”, querendo apostar não só em iniciativas que ocupem os próprios espaços, como o Batalha, mas também “que vá para a rua, atraia as pessoas”.

“Onde há música, há cultura. Onde há pintura, há cultura. É isso que temos de fazer acontecer. E levá-la às escolas, aos mais jovens, fazer formação cultural”, apostou o cabeça de lista, que procura fazer representar o Chega pela primeira vez no executivo municipal do Porto.

Com esse investimento, espera, é possível ter “uma cidade melhor”, para “todos”, propondo “redirecionar” as verbas existentes para o mesmo setor, mas num programa em que “a cultura não é fechada, mas está em tudo”.

“A prioridade que temos é perceber como é que o dinheiro que é gasto na cultura está a ser gasto, e se está a ter retorno para a população ou se está a ser gasto em má despesa pública”, apontou.

Miguel Corte-Real lamentou que se possa estar a “recuar a 2000 e aos tempos de Fernando Gomes e da visão socialista da cultura”, o que deixa o Chega “preocupado”, por ver que “existe uma visão de cultura subsidiodependente”.

“Acreditamos na cultura, o Porto é uma cidade vibrante, que vive da sua cultura, e a cultura faz parte da identidade do Porto. Para garantir que existe uma cultura livre, é garantir que não seja dependente. A cultura não pode viver de subsídios da câmara ou só de subsídios do Estado. Tem de ser apoiada, e deve ser apoiada, e deve ser articulada com a educação, para chegar verdadeiramente a todos. Não deve ser tratada como um feudo de alguns”, acrescentou.

Criticou o atual executivo, liderado por Rui Moreira, pelo que entende terem sido cortes a programas culturais do tempo da gestão de Rui Rio, temendo que a cultura possa servir para “empacotar um conjunto de pessoas e de favores a empresas municipais”.

Durante a ação de campanha naquele cinema reabilitado, que visitaram por ser “um espaço importante, histórico, da cidade do Porto”, lamentou não ter podido contactar com trabalhadores, a quem disseram estar em reunião, para conhecer “as suas condições de trabalho”.

Concorrem à Câmara do Porto Manuel Pizarro (PS), Diana Ferreira (CDU – coligação PCP/PEV), Nuno Cardoso (Porto Primeiro – coligação NC/PPM), Pedro Duarte (coligação PSD/CDS-PP/IL), Sérgio Aires (BE), o atual vice-presidente Filipe Araújo (Fazer à Porto – independente), Guilherme Alexandre Jorge (Volt), Hélder Sousa (Livre), Miguel Corte-Real (Chega), Frederico Duarte Carvalho (ADN), Maria Amélia Costa (PTP) e Luís Tinoco Azevedo (PLS).

O atual executivo é composto por uma maioria de seis eleitos do movimento de Rui Moreira e uma vereadora independente, sendo os restantes dois eleitos do PS, dois do PSD, um da CDU e um do BE.

As eleições autárquicas realizam-se no domingo.

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