Chega quer pôr Mercado Abastecedor em Gondomar para aliviar VCI no Porto

Miguel Corte-Real referiu que “a VCI tem um problema muito grande, tem veículos pesados a circular todos os dias”.

Agosto 1, 2025

 O candidato do Chega à Câmara do Porto, Miguel Corte-Real, quer deslocalizar o Mercado Abastecedor para Gondomar de forma a descongestionar a Via de Cintura Interna (VCI) de camiões, foi esta sexta-feira revelado.

Numa apresentação feita esta sexta-feira no auditório da Junta de Freguesia de Campanhã, que também serviu para apresentar o candidato à Assembleia Municipal – o empresário Carlos Gagliardini Graça -, Miguel Corte-Real referiu que “a VCI tem um problema muito grande, tem veículos pesados a circular todos os dias”.

O candidato do Chega estimou que entrem e saiam diariamente no Mercado Abastecedor cerca de 3.000 veículos, que circulam na VCI “por causa” daquela infraestrutura de comércio.

“Se o Mercado Abastecedor nos causa esta pressão”, que calculou em 20% dos pesados na VCI, “então a solução tem que ser olhar para o problema e dizer que, se calhar, o Mercado Abastecedor pode estar noutro local”.

Considerando que o mercado “precisa de ser modernizado”, a proposta do Chega é “retirar o Mercado Abastecedor” da zona e “instalá-lo num concelho contíguo”, no caso “em Gondomar, onde a Câmara [do Porto] também é proprietária de terrenos e garantir que a circulação dos veículos possa acontecer por outra via e não pela VCI”.

Miguel Corte-Real considera que esta medida “iria aliviar de forma imediata a VCI”, criticando ainda a posição de outros candidatos sobre retirar camiões e questionando “como é possível se 20% dos camiões tem que vir ao Mercado Abastecedor”.

Questionado sobre se o partido tem mais medidas para a VCI, para já focou-se na apresentada esta sexta-feira, pois “sem esta medida não vale a pena estar a apresentar outras”, recusando que a sua proposta entre no campo das “promessas milagrosas”, sendo “uma promessa concreta”.

O candidato do Chega considerou ainda “excelente” o estudo recentemente apresentado por José Miguel Lameiras, da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP), para a reconversão total da VCI, que assenta na criação de jardins, ciclovias, habitação e praças.

Porém, referiu que é “um estudo de médio prazo, como tem que ser”, mas defendeu que agora são necessárias “soluções concretas” e “que possam, no curto prazo, trazer alternativas”.

Com a eventual deslocalização do Mercado Abastecedor, o candidato do Chega sugeriu ainda olhar para aquela zona da freguesia de Campanhã “como uma zona de habitação”.

“Habitação para os portuenses, para a classe média”, construindo-se “milhares de casas”, com “projetos com privados” e também “numa lógica de cooperativa habitacional”, tornando-a “uma das melhores zonas da cidade do Porto”, concluiu.

Concorrem à Câmara Municipal do Porto Manuel Pizarro (PS), Diana Ferreira (CDU), Nuno Cardoso (Porto Primeiro – coligação NC/PPM), Aníbal Pinto (Nova Direita), Pedro Duarte pela coligação “O Porto Somos Nós” (PSD/IL/CDS-PP), Sérgio Aires (BE), o atual vice-presidente Filipe Araújo (movimento Fazer à Porto), António Araújo (movimento Porto à Porto), Alexandre Guilherme Jorge (Volt), Hélder Sousa (Livre) e Miguel Corte-Real (Chega).

O atual executivo é composto por uma maioria de seis eleitos do movimento de Rui Moreira e uma vereadora independente, sendo os restantes dois eleitos do PS, dois do PSD, um da CDU e um do BE.

As eleições autárquicas estão marcadas para 12 de outubro.

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