Para Miguel Corte-Real, só conhecendo “os problemas reais” é que é possível “conseguir resolver os problemas” e “ter soluções”.

O cabeça de lista do Chega à Câmara do Porto, Miguel Corte-Real, disse hoje que irá propor a criação de um Conselho Municipal de Moradores, após visitar a Associação Recreativa e Cultural Praceta Cidade da Praia, em Aldoar.
“Iremos propor a criação de um Conselho Municipal de Moradores, onde vamos ter os representantes de todos os moradores de toda a cidade, vamos ter a polícia, vamos ter o município e trabalhar concretamente. Nós queremos conhecer os problemas reais”, disse aos jornalistas.
Para Miguel Corte-Real, só conhecendo “os problemas reais” é que é possível “conseguir resolver os problemas” e “ter soluções”.
O candidato do Chega falava após reunir-se com a associação sediada na Praceta Cidade da Praia, em Aldoar, com origem na antiga cooperativa Hazal, dando como exemplo que há “grupos de cidadãos que se juntam para resolver problemas que se esperava que o município tivesse capacidade para resolver”.
“Ouvimos hoje que temos grupos de moradores, também aqui, que têm necessidade de se organizar para garantir a sua segurança. Temos hoje, aqui, grupos de moradores que estão disponíveis para garantir a segurança de crianças que queiram brincar aqui nos espaços, que queiram guardar equipamentos que possam vir a ser construídos”, referiu o candidato.
O candidato fala num “abandono do município”, que contrasta com “gente com vontade e comunidades com vontades”, cujas pessoas “organizam-se para resolver os seus problemas”, mesmo que haja a “expectativa que o município tenha a capacidade de os apoiar nessa resolução”.
“Infelizmente, o que estamos a ver em toda a cidade, e aqui em Aldoar vimos hoje, é que [o município] não tem feito. O município tem-se preocupado com grandes causas, que no fundo são causas que não chegam às pessoas. Tem-se preocupado demasiado com política e de menos com as pessoas”, frisou.
À Lusa, o presidente da Associação Recreativa e Cultural Praceta Cidade da Praia, José Aureliano, disse que “neste momento, em termos de segurança, está tudo bem, não há problema nenhuns”.
Relembrou, porém, que “há muitos anos”, por volta de 2010, a zona já teve problemas de “intrusão, vandalismo, droga”, algo que os moradores conseguiram reverter “com a ajuda de algumas pessoas” e com a contratação de um guarda-noturno, em que a zona conseguiu ficar com “qualidade”.
“Acho que a junta devia ter um acompanhamento próximo das associações. No nosso caso, felizmente, não precisamos muito, porque temos condições económicas para fazer face às nossas necessidades”, disse ainda José Aureliano.
Concorrem à Câmara do Porto Manuel Pizarro (PS), Diana Ferreira (CDU – coligação PCP/PEV), Nuno Cardoso (Porto Primeiro – coligação NC/PPM), Pedro Duarte (coligação PSD/CDS-PP/IL), Sérgio Aires (BE), o atual vice-presidente Filipe Araújo (Fazer à Porto – independente), Guilherme Alexandre Jorge (Volt), Hélder Sousa (Livre), Miguel Corte-Real (Chega), Frederico Duarte Carvalho (ADN), Maria Amélia Costa (PTP) e Luís Tinoco Azevedo (PLS).
O atual executivo tem uma maioria de seis eleitos do movimento de Rui Moreira e uma vereadora independente, dois eleitos do PS, dois do PSD, um da CDU e um do BE.
As eleições autárquicas são a 12 de outubro.