No capítulo da sinistralidade rodoviária, o comandante afirmou que “os indicadores dos primeiros nove meses de 2025 são encorajadores”, tendo-se registado “uma redução expressiva da gravidade dos acidentes, com menos 19 vítimas mortais e menos 10 feridos graves”.
A GNR do Porto registou até setembro uma subida de 5% nos crimes participados, distribuída pelos crimes de condução sob efeito de álcool (21%), condução sem carta (27%), posse de armas proibidas (36%) e tráfico de estupefacientes (4%).
A informação foi revelada hoje pelo comandante do Comando Territorial do Porto da GNR, coronel Paulo Jorge André Serra, no seu discurso na cerimónia de comemoração do 17.º aniversário daquele comando, que decorreu no Quartel do Carmo, no Porto.
Segundo o comandante, no domínio da criminalidade, os primeiros nove meses do ano, comparados com igual período de 2024, “revelam uma subida de 5% do número total de crimes participados” nos 17 dos 18 concelhos do distrito do Porto.
Esta subida está espelhada nos crimes de “condução sob efeito de álcool, mais 21%, condução sem habilitação legal, mais 27%, posse de armas proibidas, mais 36% e tráfico de estupefacientes, mais 4%”, disse.
Continuando a apresentação dos números a uma plateia onde estava o secretário de Estado da Administração Interna, Telmo Correia, assinalou que, no total, a GNR fez “mais 15% de detenções em flagrante delito”.
Paulo Jorge André Serra destacou, entre as principais descidas, “a redução dos crimes contra as pessoas, em particular os 6% da violência doméstica”, número que afirmou acreditar “traduzir os esforços contínuos de sensibilização e intervenção precoce neste fenómeno tão sensível, em articulação com as redes de apoio social e autoridades judiciárias, reforçando a proteção das vítimas e a investigação célere dos agressores”.
Sobre os incêndios florestais, revelou que o primeiro crime “aumentou 31%”, garantindo, a propósito, o desenvolvimento das “boas práticas identificadas no reforço das ações de prevenção da floresta, como são exemplo a projeção de uma esquadra de cavalaria para a região do Marão ou as ações de sensibilização junto às populações em feiras, mercados e à saída das celebrações religiosas”.
No capítulo da sinistralidade rodoviária, o comandante afirmou que “os indicadores dos primeiros nove meses de 2025 são encorajadores”, tendo-se registado “uma redução expressiva da gravidade dos acidentes, com menos 19 vítimas mortais e menos 10 feridos graves”.
Paulo Jorge André Serra afirmou, todavia, manter-se a preocupação com os acidentes envolvendo veículos de duas rodas, cujas vítimas mortais diminuíram de 20 para 14.
Neste âmbito, continuou, a GNR tem “reforçado a vigilância e a sensibilização, participando em campanhas direcionadas para pontos estratégicos e promovendo ações educativas junto às comunidades escolares, moto clubes e escolas de condução”.
“Salvar vidas na estrada é, para nós, motivo de satisfação e estímulo para continuar o trabalho rigoroso de prevenção. Mas falar de eficácia operacional obriga-nos também a reconhecer os constrangimentos com que nos deparamos no dia a dia e que carecem de solução para que possamos servir melhor. Há necessidade de reforços efetivos, tanto mais que uma em cada seis pessoas policiadas pela GNR reside no distrito do Porto, o que evidencia a enorme responsabilidade desta unidade para com a população que serve”, alertou o comandante.
Paulo Jorge André Serra referiu ainda que “persistem carências estruturais em alguns quartéis que não oferecem as condições adequadas” que os “profissionais merecem e que o serviço público exige”.