Depressão Cláudia faz dois mortos, nove deslocados e mais de mil ocorrências

A depressão Cláudia afeta desde quarta-feira Portugal continental e o arquipélago da Madeira com chuva, vento e agitação marítima fortes, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Novembro 13, 2025

Portugal continental registou, até às 13h00 desta quinta-feira, 1.292 ocorrências devido ao mau tempo, que resultaram em duas mortes, um ferido ligeiro e nove pessoas desalojadas, informou a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).

O ponto de situação foi feito pelo comandante nacional de Emergência e Proteção Civil, Mário Silvestre, aos jornalistas, na sede da ANEPC, em Carnaxide, Oeiras, distrito de Lisboa, pelas 13h30, que apontou as inundações, as quedas de estruturas, as quedas de árvores e limpezas de via, como as ocorrências em maior número, tendo sido também efetuados três salvamentos terrestres e cinco aquáticos.

Em termos de vítimas, o responsável apontou para duas mortes em Fernão Ferro, no Seixal, distrito de Setúbal, devido à inundação de uma habitação, e para um ferido ligeiro, na sequência de uma queda de árvore no concelho de Serpa, distrito de Beja.

Quanto ao número de desalojados, Mário Silvestre referiu que houve cinco na Região do Médio Tejo, no concelho de Abrantes, e quatro na Lezíria do Tejo, na localidade de Glória do Ribatejo, concelho de Salvaterra de Magos, ambos os casos no distrito de Santarém.

O comandante do ANEPC deu conta ainda de um “fenómeno extremo de vento” no concelho de Nisa (distrito de Portalegre), terá provocado danos em 10 habitações e na rede elétrica.

Foram, igualmente, registados estragos no concelho de Silves (distrito de Faro) e no Fundão (distrito de Castelo Branco), com telhados e estruturas afetadas.

Para as próximas horas, Mário Silvestre aconselhou a população a evitar deslocações desnecessárias, a remover objetos soltos e a manter limpos os sistemas de escoamento de águas pluviais, alertando para riscos nas zonas arborizadas e costeiras, devido à previsão de vento forte e ondulação elevada.

“Evitar o estacionamento também próximo da orla marítima. Do ponto de vista da condução, adotar uma condução defensiva, reduzir a velocidade, ter cuidado com os lençóis de água.

Tem havido despistes e vários acidentes de viação causados, sobretudo, pela acumulação de água na via pública”, alertou.

O responsável ressalvou ainda que a Proteção Civil mantém contacto permanente com o IPMA (Instituto Português do Mar e da Atmosfera) e admitiu reforçar o dispositivo caso as condições se agravem, sobretudo na orla costeira, onde o vento deverá intensificar-se nas próximas horas.

A depressão Cláudia afeta desde quarta-feira Portugal continental e o arquipélago da Madeira com chuva, vento e agitação marítima fortes, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Para os distritos de Santarém, Setúbal (até às 10h00) e Faro (até às 15h00), o IPMA chegou a emitir um aviso vermelho, o mais grave, de chuva por vezes forte e persistente.

Desde às 15h00, os distritos de Beja e Faro encontram-se sob aviso laranja, enquanto o resto do continente está sob aviso amarelo.

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