Diana Ferreira quer mais indústria para evitar dependência do turismo no Porto

Para Diana Ferreira, “a economia local deve ser diversificada”, rejeitando, porém, “demonizar” as áreas que entretanto se proliferaram na cidade, relacionados com o turismo.

Setembro 25, 2025

A candidata da CDU (PCP/PEV) à Câmara do Porto, Diana Ferreira, quer apostar na indústria para evitar um caminho de dependência da cidade face ao turismo e atividades conexas, disse hoje aos jornalistas à porta de uma fábrica.

Numa ação de pré-campanha eleitoral à porta da fábrica Monteiro Ribas, junto à Estrada da Circunvalação, Diana Ferreira acompanhou a mudança de turnos dos trabalhadores e disse aos jornalistas que “o Porto foi fortemente desindustrializado ao longo de vários anos”.

“Alterou significativamente a sua atividade económica até [estar], neste momento, num caminho que pode ser de dependência, por exemplo, da atividade económica do turismo e de outras atividades económicas conexas ao turismo: restauração, hotelaria” que têm “proliferado na cidade do Porto”, apontou a candidata.

Para Diana Ferreira, “a economia local deve ser diversificada”, rejeitando, porém, “demonizar” as áreas que entretanto se proliferaram na cidade, relacionados com o turismo.

“O que entendemos é que não devem ser as únicas ou a monopolizar a economia local da cidade, e a questão da reindustrialização da cidade do Porto, de criar condições para isso, a valorização do comércio tradicional e de proximidade são elementos que nós também colocamos e também por isso cá viemos”, aponta.

Questionada sobre o espaço disponível para estabelecer indústrias na já densa cidade do Porto, a candidata disse acreditar que “é possível compatibilizar” usos, esclarecendo que não está a falar “de reindustrializações massivas”.

“Não estamos a falar, sequer, da construção de várias unidades da Monteiro Ribas na cidade. Por isso, podemos perfeitamente ter também polos industriais que, sendo mais pequenos, atuem numa área de atividade económica que neste momento a cidade do Porto não tem, Portugal também não tem”, vincou.

A ida à Monteiro Ribas relaciona-se também com o contacto regular com os trabalhadores por parte da CDU, rejeitando “o aumento da pobreza”.

“Sabemos que há trabalhadores que neste momento empobrecem a trabalhar e nós não queremos isso. Por isso é que defendemos também uma valorização significativa dos salários”, assinalou, instando a Câmara do Porto a que “tenha uma posição” sobre esta matéria, valorizando os salários dos trabalhadores municipais e rejeitando a precariedade.

Concorrem à Câmara do Porto Manuel Pizarro (PS), Diana Ferreira (CDU – coligação PCP/PEV), Nuno Cardoso (Porto Primeiro – coligação NC/PPM), Pedro Duarte (coligação PSD/CDS-PP/IL), Sérgio Aires (BE), o atual vice-presidente Filipe Araújo (Fazer à Porto – independente), Guilherme Alexandre Jorge (Volt), Hélder Sousa (Livre), Miguel Corte-Real (Chega), Frederico Duarte Carvalho (ADN), Maria Amélia Costa (PTP) e Luís Tinoco Azevedo (PLS).

O atual executivo é composto por uma maioria de seis eleitos do movimento de Rui Moreira e uma vereadora independente, sendo os restantes dois eleitos do PS, dois do PSD, um da CDU e um do BE.

As eleições autárquicas realizam-se a 12 de outubro.

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