O candidato independente à Câmara do Porto Filipe Araújo, também atual vice-presidente da autarquia, questionou o motivo do metrobus ainda não estar a circular “se já há autocarros”, considerando tal cenário “incompreensível e inaceitável”.
O candidato independente à Câmara do Porto Filipe Araújo, também atual vice-presidente da autarquia, questionou o motivo do metrobus ainda não estar a circular “se já há autocarros”, considerando tal cenário “incompreensível e inaceitável”.
“Se os autocarros já chegaram, como afirma o presidente da Metro, por que é que não circulam? Estão à espera de quê? Só atuam com autorização de Lisboa? Isto não faz sentido e nenhum portuense consegue compreender”, questiona Filipe Araújo em comunicado.
À Lusa, o atual vice-presidente da autarquia concretizou que “há mais de dois anos” que o memorando que formalizará a operação do metrobus está por assinar, mostrando-se “absolutamente convicto” de que a falta do documento “não será um problema” hoje em dia, pois “já não há justificação nenhuma para os autocarros não circularem”.
“Somos todos gestores de coisas públicas e ninguém entenderia”, diz Filipe Araújo, lembrando o “martírio que as pessoas passaram com as obras”, questionando-se “o que é isto do metrobus porque não viram um autocarro sequer a circular”.
O candidato independente apoiado pelo PAN recorda que “a Metro do Porto é uma empresa tutelada pelo Governo e Ministério das Infraestruturas”, pelo que pergunta se “estão à espera de alguma coisa do ministério”.
“Estou absolutamente convicto que o senhor ministro [Miguel Pinto Luz] fará todos os possíveis para que os autocarros estejam rapidamente a circular”, vincou.
O candidato independente, que também é apoiado pelo PAN, disse ainda não compreender “o atraso” da obra “que ainda não foi entregue ao Município do Porto”, lamentando ainda que, entretanto, a Avenida da Boavista esteja “ao abandono, com canteiros numa lástima, o que revela a ausência de cuidado pelo espaço público”.
“As pessoas acham que é incúria da Câmara do Porto, que a Câmara não está a tratar bem esses novos canteiros, esses novos espaços verdes, mas não é, de todo, porque a obra ainda não foi entregue” pela Metro do Porto, reforçou à Lusa.
Filipe Araújo insta a Metro do Porto a “assumir as suas responsabilidades perante a cidade e perante os portuenses”, esperando que a nova administração da empresa “assuma essa postura, de seriedade e rigor para com o Porto e as instituições da cidade”.
Em entrevista à Lusa na segunda-feira, o presidente da Metro do Porto, Tiago Braga, disse que o protocolo entre a Metro do Porto, o Estado e o Município do Porto para formalizar a operação do metrobus ainda não foi assinado e já não está com a transportadora, porque “passou a ser gerido diretamente entre a estrutura ministerial e a Câmara Municipal”.
Confirmou ainda que as obras na estação de carregamento de hidrogénio devem terminar no quarto trimestre e que os 12 veículos estão já todos em Portugal ou praticamente a chegar, e quanto ao início da segunda fase, aguarda “autorizações de ocupação de via pública para entrar em obra entre a Marechal Gomes da Costa e a zona do liceu Garcia de Orta”.
Concorrem à Câmara Municipal do Porto Manuel Pizarro (PS), Diana Ferreira (CDU — coligação PCP/PEV), Nuno Cardoso (Porto Primeiro – coligação NC/PPM), Pedro Duarte (PSD/IL/CDS-PP), Sérgio Aires (BE), o atual vice-presidente Filipe Araújo (movimento independente), António Araújo (movimento independente), Alexandre Guilherme Jorge (Volt), Hélder Sousa (Livre), Miguel Corte-Real (Chega), Frederico Duarte Carvalho (ADN) e Maria Amélia Costa (PTP).
O atual executivo é composto por uma maioria de seis eleitos do movimento de Rui Moreira e uma vereadora independente, sendo os restantes dois eleitos do PS, dois do PSD, um da CDU e um do BE.
As eleições autárquicas estão marcadas para 12 de outubro.