Para Filipe Araújo, em causa está “a indiferença com que o Governo olha para os problemas do dia a dia dos portuenses”, apontando a uma “irresponsabilidade” e “total falta de noção dos problemas da cidade”.
O candidato autárquico Filipe Araújo disse hoje que o Porto está a perder polícias municipais “por inação do Governo”, assegurando que, se for eleito, solicitará uma audiência à ministra da Administração Interna para não perder mais operacionais.
Num comunicado hoje enviado às redações, o atual vice-presidente da autarquia e candidato do movimento independente Fazer à Porto refere que “de um efetivo de 206 polícias municipais, o Porto arrisca perder seis operacionais”.
“A Polícia Municipal arrisca ficar com menos operacionais, sem qualquer ação do Governo para colmatar as saídas de agentes. O efetivo municipal perdeu 11 agentes, que se reformaram, tendo ficado com 206 polícias. Agora, existe o risco de, até ao final do ano, perder mais de seis elementos que se encontram prestes a entrar na reforma”, refere no texto.
Para Filipe Araújo, em causa está “a indiferença com que o Governo olha para os problemas do dia a dia dos portuenses”, apontando a uma “irresponsabilidade” e “total falta de noção dos problemas da cidade”.
O candidato refere ainda que “a maioria dos polícias municipais do Porto têm as suas comissões de serviço caducadas, o que, embora tudo indique que sejam renovadas, aporta instabilidade e total ausência de cuidado para com os agentes, que não podem ser sujeitos a esta incerteza”.
A candidatura refere que “os sucessivos governos do PS e do PSD prometeram mais 100 polícias há quase uma década que nunca chegaram à cidade”, acrescentando que “a autarquia já adquiriu todo o equipamento necessário para que estes operacionais comecem a exercer as suas funções, como fardas, equipamentos de proteção, automóveis, entre outros”.
“Em vez de aumentarem o número de polícias, o Governo nada faz perante o elevado risco de redução do efetivo”, pode ler-se no comunicado de Filipe Araújo, que desafia o Governo a pronunciar-se sobre este “total estado de indiferença”.
O candidato independente reitera ainda o compromisso de “solicitar uma audiência urgente à Ministra da Administração Interna para reverter esta situação”, defendendo “os portuenses” e “as forças de autoridade” com “independência e liberdade”, mesmo “quando essa postura não agrada aos interesses instalados”.
Concorrem à Câmara Municipal do Porto Manuel Pizarro (PS), Diana Ferreira (CDU – coligação PCP/PEV), Nuno Cardoso (Porto Primeiro – coligação NC/PPM), Pedro Duarte (coligação PSD/CDS-PP/IL), Sérgio Aires (BE), o atual vice-presidente Filipe Araújo (independente), Guilherme Alexandre Jorge (Volt), Hélder Sousa (Livre), Miguel Corte-Real (Chega), Frederico Duarte Carvalho (ADN), Maria Amélia Costa (PTP) e Luís Tinoco Azevedo (Partido Liberal Social).
O atual executivo é composto por uma maioria de seis eleitos do movimento de Rui Moreira e uma vereadora independente, sendo os restantes dois eleitos do PS, dois do PSD, um da CDU e um do BE.
As eleições autárquicas estão marcadas para 12 de outubro.