Funeral do realizador António-Pedro Vasconcelos realiza-se esta sexta-feira

O velório decorre na véspera, quinta-feira, dia 07 de março, na Gare Marítima de Alcântara.

Março 7, 2024

O funeral do cineasta António-Pedro Vasconcelos realiza-se na sexta-feira, dia 08, às 13:30, no Cemitério dos Prazeres, em Lisboa, onde o corpo estará a partir das 11:00, divulgou a família.

O velório decorre na véspera, quinta-feira, dia 07 de março, na Gare Marítima de Alcântara, entre as 15:00 e as 22:00, estando marcada uma cerimónia evocativa para as 18:30, de acordo a informação enviada à agência lusa.

Autor de filmes como “O Lugar do Morto” e “Os Imortais”, António-Pedro Vasconcelos morreu em Lisboa, aos 84 anos.

Nascido em Leiria, em 10 de março de 1939, António-Pedro Vasconcelos dirigiu a primeira longa-metragem de ficção, “Perdido por cem”, em 1972, numa cinematografia que remonta ao final dos anos de 1960 e soma mais de duas dezenas de obras, em que se destacam produções como “Jaime” (1999) e “Aqui d”El-Rei” (1992).

Foi realizador, produtor, crítico e professor, tendo fundado o Centro Português de Cinema, segundo a biografia patente na Academia Portuguesa de Cinema.

A par do cinema, em que assinou vários êxitos de bilheteira, como “A Bela e o Paparazzo” (2010), António-Pedro Vasconcelos também foi crítico de literatura e cinema, cronista e comentador televisivo, “com forte intervenção cívica”, como escreveu José Jorge Letria no livro de entrevista com o realizador, “Um cineasta condenado a ser livre” (2016).

Presidiu o Grupo de Trabalho do Livro Verde para a Política do Cinema e Audiovisual da Comissão Europeia, e coordenou o antigo Secretariado Nacional para o Audiovisual, de 1991 a 1993, que tinha por missão definir “uma política global e coordenada” para o setor, em Portugal, quando a televisão se abria ao setor privado e era criado o Programa Media, a nível europeu.

Foi presidente da Associação Portuguesa de Realizadores, de 1978 a 1984, e do Conselho de Opinião da RTP, entre 1996 e 2003.

Defensor do serviço público de televisão, publicou “Serviço Público, Interesses Privados”, em 2002.

Um dos seus campos de intervenção foi a Associação Peço a Palavra, que se bateu publicamente contra a privatização da TAP.

“Hoje, mais do que nunca, temos a certeza que o nosso A-PV, que tanto lutou para que todos fôssemos mais justos, mais corretos, mais conscientes, sempre tão sérios e dignos como ele, será sempre um Imortal”, escreveu a família em comunicado.

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