O cabeça de lista do Livre à câmara do Porto, Hélder Sousa, considerou esta segunda-feira essencial que o `metrobus´ comece a funcionar na Porto.

O cabeça de lista do Livre à câmara do Porto, Hélder Sousa, considerou esta segunda-feira essencial que o `metrobus´ comece a funcionar na Porto, mas criticou o abate de árvores devido ao arranque das obras na Avenida da Boavista.
“Para nós, é essencial que o ` metrobus´ comece a funcionar o mais depressa possível, até para podermos verificar se a sua eficácia é como se diz, ou como se espera que seja. Claro que gostávamos de ver uma linha moderna de elétrico a ligar toda a avenida, até às avenidas atlânticas e ao metro, e a uma futura linha do Campo Alegre, que também é precisa”, defendeu esta segunda-feira, durante uma ação de pré-campanha.
No cruzamento da Avenida da Boavista com a Avenida do Dr. Antunes Guimarães, o candidato considerou, no entanto, inaceitável “que se destruam mais árvores para continuar uma linha de metrobus que, sendo necessária, pode ocupar mais faixas de trânsito”.
Dali para baixo, defendeu, seria possível cortar uma faixa destinada ao trânsito rodoviário em cada sentido, o que ajudaria a outra medida que tem proposto, a diminuição da velocidade para reduzir a sinistralidade, e manter árvores e ainda “ciclovias seguras”.
“O que ali se fez foi criminoso, nos últimos dias, ainda mais depois de Assembleia Municipal ter pedido à Metro do Porto para não fazer isto, para esperar mais um mês. É resultado de birras políticas que não servem o interesse da cidade. Também é por isso que o Livre está aqui”, atirou.
Num cruzamento de cinco estradas, Hélder Sousa encontra “gente da zona industrial, gente que vai para as avenidas atlânticas, mas também a fazer a ligação ao centro da cidade”, criticando a falta de “liberdade” em escolher transportes públicos, a bicicleta ou ir a pé, por falta de opções.
“É um bom exemplo do que não pode existir na cidade: não tem ciclovias, tem demasiados carros, dificuldades de acesso pedonal. Precisamos de urbanismo mais inclusivo, assim como o desenho de mobilidade”, apontou.
Considerando “um bocadinho ridículo começar a segunda fase das obras sem a primeira estar concluída” e sem estar a funcionar a operação no traçado já concluído, a providência cautelar hoje interposta por outro candidato, Pedro Duarte (Porto Somos Nós – PSD/CDS-PP/IL), não vai “ter efeitos retroativos” ou devolver as árvores entretanto abatidas.
Naquela zona, defendeu ainda, o `metrobus´ deve ser “uma das soluções, como os autocarros e ciclovias”, numa abordagem que passa também por permitir que as pessoas dos bairros ali localizados, por exemplo, possam “viver para lá do bairro”.
Para as próximas duas semanas de campanha, disse ainda, espera que todas as candidaturas, incluindo a do Livre, que procura entrar no executivo municipal, possam “alargar o leque de temas a abordar”.
Concorrem à Câmara do Porto Manuel Pizarro (PS), Diana Ferreira (CDU – coligação PCP/PEV), Nuno Cardoso (Porto Primeiro – coligação NC/PPM), Pedro Duarte (coligação PSD/CDS-PP/IL), Sérgio Aires (BE), o atual vice-presidente Filipe Araújo (Fazer à Porto – independente), Guilherme Alexandre Jorge (Volt), Hélder Sousa (Livre), Miguel Corte-Real (Chega), Frederico Duarte Carvalho (ADN), Maria Amélia Costa (PTP) e Luís Tinoco Azevedo (PLS).
O atual executivo é composto por uma maioria de seis eleitos do movimento de Rui Moreira e uma vereadora independente, sendo os restantes dois eleitos do PS, dois do PSD, um da CDU e um do BE.
As eleições autárquicas realizam-se a 12 de outubro.