O candidato apontou ainda que, “apesar da Praça do Marquês ter muitas árvores, tanto a [Rua de] Damião de Góis como a [Rua da] Constituição não têm árvores absolutamente nenhumas”.

O candidato autárquico Hélder Sousa (Livre) disse esta quarta-feira que a zona da Praça do Marquês de Pombal, no Porto, é um exemplo da “má mobilidade e insegurança rodoviária”, cruzando três vias, e por isso quer criar corredores verdes.
“Para nós, este cruzamento e esta confluência de vias [Costa Cabral, Damião de Góis e Constituição] é um exemplo da má mobilidade e da insegurança rodoviária que se vive na cidade do Porto. Tem havido atropelamentos e muitas queixas na Costa Cabral por causa da largura dos passeios, sim, mas também podemos indicar a suposta ciclovia que existe na Constituição como aquilo que não se deve fazer em termos de mobilidade ciclável”, disse à Lusa o candidato autárquico, à margem de uma ação de pré-campanha eleitoral no Marquês.
Assim, a proposta do Livre é “é criar eixos cicláveis que vão de ocidente a oriente e a Constituição, das Antas até à Boavista, é uma destas prioridades também, porque há espaço para ela ser mais ciclável e ser mais segura”, tendo também “passeios mais largos”.
O candidato apontou ainda que, “apesar da Praça do Marquês ter muitas árvores, tanto a [Rua de] Damião de Góis como a [Rua da] Constituição não têm árvores absolutamente nenhumas”.
“Em alturas de calor, as temperaturas que estas duas ruas atingem são muito, muito elevadas”, algo que “põe em causa seja a saúde das pessoas, seja o bem-estar geral da cidade, porque, com o aquecimento global, devemos ter mais atenção a isso”.
Segundo o candidato, as medidas, poderiam ser implementadas “no prazo de um ou dois mandatos – quatro, oito, 10 anos”, visando “uma cidade mais ciclável, com mais corredores verdes a ligar todas estas praças e estes parques”, considerando que faria sentido “um corredor verde ciclável e onde as pessoas possam caminhar em segurança entre o Marquês e o Covelo”, e a oriente para a Praça Francisco Sá Carneiro, conhecida como Praça Velásquez.
Quanto à questão da segurança rodoviária, o Livre propõe “reduzir drasticamente o limite de velocidade na cidade”, havendo algo que “se pode fazer de forma mais ou menos imediata, que é reduzir para 30 km/h genericamente e nalgumas zonas até 20 km/h”, reduzindo “drasticamente a sinistralidade automóvel”.
“Depois, há outras questões a médio e longo prazo. Desde logo, reduzir o trânsito automóvel na cidade, mas para isso voltamos ao mesmo: precisamos de uma rede de transportes públicos eficaz, alargar a rede do metro, e criar condições para que as pessoas possam caminhar em segurança na rua e possam, acima de tudo, ter a liberdade de não usar o transporte individual”, assinalou.
Para Hélder Sousa, “o tempo perdido no trânsito é tempo de stresse, esse stresse leva muitas vezes a comprtamentos agressivos” e “os comportamentos agressivos levam a potenciar a insegurança na estrada”.
O atual executivo é composto por uma maioria de seis eleitos do movimento de Rui Moreira e uma vereadora independente, sendo os restantes dois eleitos do PS, dois do PSD, um da CDU e um do BE.
Concorrem à Câmara do Porto Manuel Pizarro (PS), Diana Ferreira (CDU – coligação PCP/PEV), Nuno Cardoso (Porto Primeiro – coligação NC/PPM), Pedro Duarte (coligação PSD/CDS-PP/IL), Sérgio Aires (BE), o atual vice-presidente Filipe Araújo (Fazer à Porto – independente), Guilherme Alexandre Jorge (Volt), Hélder Sousa (Livre), Miguel Corte-Real (Chega), Frederico Duarte Carvalho (ADN), Maria Amélia Costa (PTP) e Luís Tinoco Azevedo (PLS).
As eleições autárquicas realizam-se a 12 de outubro.