M-ODU prepara-se para concluir obras e entregar as primeiras “chaves”

O M-ODU entrou numa fase simbólica e decisiva da obra e prepara-se para receber os primeiros 700 inquilinos. O arquiteto do projeto, o japonês Kengo Kuma, esteve no Porto para avaliar a evolução dos trabalhos estruturais da inovadora cobertura, assinatura arquitetónica do complexo. 

Outubro 8, 2025

As obras estruturais de reconversão do antigo Matadouro de Campanhã, no Porto, vão terminar ainda este ano, avança a Emerge, empresa de desenvolvimento urbano e promoção imobiliária responsável pela gestão do M-ODU. Durante o mês de dezembro, todos os espaços serão entregues em regime de “core & shell”, permitindo que os primeiros inquilinos possam avançar para os acabamentos finais (“fit outs”). Há ainda um edifício de escritórios livre, em fase de comercialização.

São mais de 700 trabalhadores que vão ocupar e dinamizar os vários espaços de escritórios do complexo, a grande maioria ligada a empresas do universo Mota-Engil, que assegura, assim, o arranque operacional do projeto. A sua chegada está prevista para o 3.º trimestre de 2026. Em simultâneo, serão também instalados todos os serviços de restauração, cafetaria, quiosque, áreas de bem-estar e espaços culturais. 

Com autoria arquitetónica partilhada entre o atelier japonês Kengo Kuma & Associates e o gabinete português OODA, o M-ODU combina experiência global e conhecimento local para transformar o antigo Matadouro, até à data desativado e fechado à cidade, num novo polo cultural, empresarial e comunitário. Os trabalhos estão agora numa fase crucial: a colocação da cobertura, que se tornou uma marca arquitetónica do projeto. 

Este complexo e rigoroso processo motivou a mais recente visita ao M-ODU do arquiteto Kengo Kuma, que aproveitou para avaliar a evolução dos trabalhos estruturais da “montagem” da cobertura flutuante do complexo, uma camada leve, quase etérea, que parece pairar sobre os edifícios e que se inspira no conceito japonês Komorebi, que significa “a luz que passa suavemente entre as folhas das árvores”. 

“Esta intervenção representa não só um marco técnico, mas, sobretudo, cultural para a regeneração da zona oriental do Porto, projetando o M-ODU como referência para a inovação, cultura e espírito de comunidade. Neste momento, estamos a assistir a um momento muito simbólico, a instalação da cobertura, protagonista do projeto que representa o espírito ousado e a visão da Emerge para este lugar”, afirma Sílvia Mota, Chairwoman da Emerge.

Ainda durante a sua visita à obra, o arquiteto Kengo Kuma, distinguido pela revista Time como uma das 100 personalidades mais influentes do mundo em 2021, sublinhou o carácter colaborativo do M-ODU e a sua relevância na ligação entre património industrial e novos usos urbanos. Acrescentou ainda estar “muito satisfeito com a evolução de todos os trabalhos em curso”.

O M-ODU representa um investimento de 40 milhões de euros, com uma concessão de 30 anos e ocupa uma área total de 20.000 m². Para além dos 9 edifícios para escritórios, dos quais um ainda se encontra livre para comercialização, inclui uma forte componente cultural, com 8.000 m² destinados a galerias e equipamentos públicos, e uma oferta de restauração distribuída por diferentes espaços, entre os quais 600 m² para restauração principal, complementados por uma cafetaria e um quiosque. Prevê ainda uma área de bem-estar com estúdios e espaços de tratamento, assumindo-se como um projeto aberto à comunidade.

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