Declarações feitas após se reunir esta quinta-feira com o presidente do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde Vila Nova de Gaia/Espinho (ULSGE), Luís Matos.
O candidato da coligação PSD/CDS-PP/IL, Luís Filipe Menezes, quer ajudar a redesenhar o mapa dos centro de saúde em Vila Nova de Gaia e dotar o hospital das condições do São João e do Santo António, no Porto.
Em declarações à Lusa após se reunir esta quinta-feira com o presidente do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde Vila Nova de Gaia/Espinho (ULSGE), Luís Matos, o candidato afirmou haver “coisas em que uma câmara pode ajudar muito o hospital (…) em termos de magistério de influência e em termos até de algum trabalho conjunto”.
Afirmando ser “sua opinião e, também, do Conselho de Administração”, que “em muitas circunstâncias [os centros de saúde] estão mal dimensionados (…) há grandes freguesias com centros que estão mal localizados, com maus acessos, com falta de estacionamento, pequenos, e, por sua vez, há algumas freguesias mais pequenas que têm centros maiores, outras freguesias que não são servidas por centros de saúde condignos”, disse querer redesenhar o mapa destas unidades no concelho.
Embora não seja algo “para resolver de um dia para o outro”, avisou, o candidato social-democrata sugeriu o recurso a edifícios públicos, uns municipais, outros do Estado central.
Luís Filipe Menezes quer também “priorizar o magistério de influência junto do governo para a construção de um grande pavilhão de alojamento” na ULSGE devido ao atual “estar em condições muito precárias e com pouca dignidade”.
O candidato referia-se ao “grande pavilhão para as especialidades de medicina, mais ligados à medicina interna ou a algumas especialidades como a cirurgia, alguns aspetos de cirurgia cardíaca, que necessitam de um edifício novo”.
“Esse edifício foi prometido pela anterior administração para estar pronto há dois ou três anos e não está”, lembrou Luís Filipe Menezes, revelando que a atual administração “dentro de ou dois, três meses terá o projeto concluído” após o que será necessário unir esforços “para encontrar uma solução a curto prazo”.
Uma vez concluído, continuou, “irá dar corpo a um grande centro hospitalar” e, dessa forma, “haverá condições para exigir uma configuração do ponto de vista do seu estatuto e ser aproveitado muito mais como um hospital polivalente, onde haja assistência, ensino, todas as valências que um grande hospital central tem”.
Concordando que a ULSGE “tem todas as condições para ser um hospital universitário”, o antigo presidente da autarquia de Gaia acha prematuro reclamar esse estatuto: “isso é uma injustiça até para os profissionais, e mais, condiciona o financiamento do hospital”.
“Há um subfinanciamento decorrente de não existir essa qualificação, mas vamos lutar pelo grande pavilhão que faz com que este hospital fique ao nível do hospital São João e de Santo António do ponto de vista de oferta de saúde e depois será uma decorrência natural que este hospital seja um hospital universitário”, acrescentou.
Questionado sobre as obras no heliporto, pronto desde o final de 2024, mas sem poder ser utilizado por não ser capaz de receber helicópteros da Força Aérea, o candidato disse ter recebido de Luís Matos a informação de que a conclusão das obras “está presa por verbas muito residuais que decorreram de problemas com os empreiteiros que estavam a construir e daquilo que estava contratualizado com a rigidez da contratação pública”.
Na corrida à Câmara de Vila Nova de Gaia são para já conhecidas as candidaturas de André Araújo pela CDU, de João Paulo Correia pelo PS, de Luís Filipe Menezes pela coligação PSD/CDS-PP/IL, Daniel Gaio pelo Volt e João Martins pela coligação BE/Livre.
O executivo municipal é composto por 11 lugares, tendo o PS nove e o PSD dois. O PS também lidera a Assembleia Municipal com maioria.
As eleições autárquicas realizam-se em 12 de outubro.
