A ministra da Saúde afirmou esta quarta-feira que todos os dias há mais cidadãos com médico de família, mas admitiu que há regiões “mais desprotegidas” e há diariamente entram novos utentes no SNS.
A ministra da Saúde afirmou esta quarta-feira que todos os dias há mais cidadãos com médico de família, mas admitiu que há regiões “mais desprotegidas” e há diariamente entram novos utentes no SNS.
“Todos os dias nós temos mais cidadãos com médicos de família. Eu vou repetir: todos os dias nós temos mais cidadãos com médicos de família e os portugueses, e os cidadãos sabem disso”, declarou a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, à margem da sessão solene do bicentenário da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.
A ministra sublinhou que dar médicos de família a todos os cidadãos é um “caminho que se faz caminhando, num país que, não é de hoje nem de ontem, tem regiões que sempre foram mais desprotegidas no âmbito da medicina geral e da saúde familiar e num país que todos os dias tem novos utentes no Serviço Nacional de Saúde”.
Questionada sobre a recorrente falta de preenchimento de vagas no concurso dos médicos de medicina geral e familiar, Ana Paula Martins disse que os concursos de mobilidade já existiram e estão no programa de trabalho do ministério da Saúde.
“Está aliás no despacho de abril de 2025 (…) que serão feitos concursos públicos simplificados ao nível de cada uma das ULS [Unidades Locais de Saúde] para os médicos que, estando lá, querem lá ficar e estão disponíveis para lá ficar de norte a sul do país”.
Questionada sobre por que motivo o Serviço Nacional de Saúde (SNS) não consegue atrair médicos, Ana Paula Almeida respondeu com a execução do Plano de Motivação Profissional, uma medida que está no programa de governo e já vinha do governo socialista.
A ministra explicou que o Governo já atuou sobre a valorização salarial e a progressão nas carreiras e está agora a iniciar a discussão do acordo coletivo de trabalho com os enfermeiros.
O executivo quer também olhar para questões que preocupam as novas gerações, como flexibilidade de horários e o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal.
A ministra da Saúde encerrou esta quarta-feira a sessão solene do bicentenário da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), que contou também com a participação do presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, do diretor da Faculdade, Altamiro da Costa Pereira, do professor emérito da Universidade do Porto Sobrinho Simões, entre outras personalidades da instituição e da região.
A celebração do bicentenário teve como lema “Inspirar a Saúde, Liderar a Inovação: 200 Anos de Medicina”.