Miguel Pinto Luz esteve este terça-feira na Estação do Peso da Régua, no distrito de Vila Real, para assinalar o arranque da obra de eletrificação do troço Marco de Canaveses-Régua, na Linha Ferroviária do Douro, que foi adjudicada por 110 milhões de euros.
O ministro das Infraestruturas garantiu esta terça-feira que as prioridades do Governo “são claras” e que se pretende eletrificar “a linha toda” do Douro até ao Pocinho e depois Barca d”Alva.
Miguel Pinto Luz esteve este terça-feira na Estação do Peso da Régua, no distrito de Vila Real, para assinalar o arranque da obra de eletrificação do troço Marco de Canaveses-Régua, na Linha Ferroviária do Douro, que foi adjudicada por 110 milhões de euros e tem um prazo de execução de três anos.
O investimento global neste troço, segundo a Infraestruturas de Portugal (IP), ascende aos 165 milhões de euros, com 70 milhões de euros de fundos comunitários.
E entre obra e estudos, o investimento global na modernização da Linha do Douro é de 460 milhões de euros, desde Caíde a Barca d”Alva.
A eletrificação que agora vai avançar, entre Marco de Canaveses (distrito do Porto) e a Régua, é, segundo o ministro das Infraestruturas e Habitação, uma “obra essencial”.
“Por isso é que não me viram ali na minha intervenção tentar apontar o dedo para os atrasos do passado, tentar apontar a outros governos, não interessa. O que interessa é que temos que fazer, porque não é sustentável que uma região como o Douro, que serve tanto o país do ponto de vista turístico, do ponto de vista das exportações, do ponto de vista da cultura, que possa continuar a não estar servida com uma rede eletrificada”, afirmou.
E é por isso, concretizou, que se “está a dar este passo”.
“Mas não ficamos por aqui. Hoje também ficou claro que as prioridades do Governo não ficam por aqui e nós temos que chegar ao Pocinho e a seguir Barca d” Alva. E por isso a linha tem que ser toda eletrificada e tem que ser toda capacitada no sentido de dar a esta região (…) uma justiça territorial que já lhe era devida”, sublinhou.
Questionado sobre a reativação da linha do Douro entre o Pocinho e Barca d”Alva, troço encerrado desde 1988, Miguel Pinto Luz reforçou que as “prioridades são claras”.
“Nós queremos eletrificar a linha toda”, concretizou.
Referiu ainda que lançou um desafio à CP porque este é um “troço que tem menos população e portanto o valor comercial dessa operação é diferente, e, por isso, têm de ser ponderadas várias soluções”.
“Nós não podemos pôr em causa a sustentabilidade da CP. Foi um desafio que eu lancei à CP e dirigi-me ao senhor presidente do Conselho de Administração da CP no sentido de pensarmos esse troço”, salientou.
Esse troço, defendeu, tem que ter uma dimensão mais cultural, mais turística, onde se tem que tirar partido também dos recursos endógenos e tem que envolver autarquias, as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional e as entidades de turismo.
“Pensar em soluções criativas para tornar esse troço rentável (…) Nós não podemos continuar a colocar em cima da CP o ónus, que depois vai colocar “deficits” no futuro e nas gerações vindouras, e não é isso que queremos”, sublinhou.
A Linha do Douro liga o Porto ao Pocinho (171,522 quilómetros) e há vários anos que é defendida a eletrificação da via, bem como a reabertura do troço entre o Pocinho (Vila Nova de Foz Côa) e Barca d”Alva (Figueira de Castelo Rodrigo), desativado em 1988.
O troço entre Caíde e Marco de Canaveses já se encontra eletrificado e com via modernizada, correspondendo a um investimento de 33 milhões de euros.
Atualmente está também em curso o desenvolvimento do projeto de modernização para o troço entre Peso da Régua e Pocinho, avaliado em cerca de 180 milhões de euros, assim como os estudos para o troço final entre Pocinho e Barca d”Alva, correspondendo a um investimento estimado de 80 milhões de euros.
O investimento global na Linha do Douro está avaliado em cerca de 460 milhões de euros.