Gestão de talento e IA são os dois maiores desafios para as empresas.
A maioria dos profissionais que participaram num inquérito do QSP defendem a necessidade de novos perfis de liderança para que as empresas possam enfrentar com sucesso os desafios estratégicos que se avizinham.
Quase 90% dos profissionais defendem que os novos desafios estratégicos das empresas exigem novos perfis de liderança, “numa opinião transversal a vários contextos profissionais”, de acordo com as conclusões de um inquérito junto de 168 profissionais de várias empresas e organizações.
Este estudo servirá de suporte à conferência QSP Summit que vai decorrer no início de julho no Porto e em Matosinhos.
O tema deste ano da conferência de gestão e “marketing” é “The New Strategic Drivers” (Os Novos Motores Estratégicos) e é no contexto desta discussão que muitos profissionais se mostram críticos em relação às lideranças das empresas.
Além do consenso quanto à necessidade de novos perfis de liderança, o estudo conclui que “subsiste uma visão crítica sobre o grau de preparação das lideranças atuais: 59,5% considera que a maioria não está preparada para enfrentar os desafios emergentes, enquanto apenas 0,6% acredita que estão verdadeiramente prontas”.
Os inquiridos neste estudo dizem que a gestão de talento e a inteligência artificial são dois dos maiores desafios estratégicos que as empresas e as organizações enfrentam.
Para responder aos novos desafios, os profissionais que participaram neste estudo sugerem o desenvolvimento de lideranças mais humanas e adaptativas (50,6%) e uma aposta na formação contínua e na requalificação (41,1%).
Quando questionados sobre os valores culturais que devem definir e orientar uma organização, 47,6% responde que deve ser o “foco no cliente”, 38,1% opta pela opção “orientação para o resultado” e 37,5% escolheu a resposta “excelência e qualidade”.
Pedro Carneiro, responsável pelo departamento de investigação e marketing do QSP, citado numa nota enviada à agência Lusa, resume que “os resultados deste estudo refletem uma consciência clara, por parte das organizações, de que os modelos de liderança, as estruturas de talento e a capacidade de adaptação são fatores críticos de competitividade num contexto de mudança acelerada”.
Gestão de talento e IA são os dois maiores desafios para as empresas
A gestão de talento e a inteligência artificial são os principais desafios das empresas portuguesas, segundo um inquérito do QSP, que conclui ainda que apenas uma em cada dez tem estratégias de negócio altamente adaptáveis a mudanças rápidas.
A gestão de talento e competências (51,8%), a inteligência artificial e automação (47%) e a tecnologia e transformação digital (36,9%) são os temas estratégicos que os gestores consideram como mais relevantes e que vão marcar o futuro das empresas e organizações.
Temas como a diversidade, equidade e inclusão são menos frequentemente mencionados.
As conclusões são de um inquérito a 168 profissionais de várias empresas que participaram neste estudo que servirá de suporte à conferência do QSP Summit que vai decorrer no início de julho no Porto e em Matosinhos.
Pedro Carneiro, responsável pelo departamento de investigação e marketing do QSP, citado numa nota enviada à agência Lusa, afirma que “num mundo onde a tecnologia tem um papel cada vez mais preponderante, o foco deverá continuar nas pessoas”.
“É nesse equilíbrio entre inovação tecnológica e desenvolvimento humano que se joga, em grande medida, a sustentabilidade das organizações no futuro próximo”, acrescenta o responsável.
Uma avaliação que vai ao encontro das conclusões do inquérito, onde se lê que os três maiores desafios que as empresas enfrentam na gestão de pessoas estão relacionados com a motivação e bem estar (31%), com a retenção de colaboradores (24,4%) e com o desenvolvimento de competências (18,5%).
Sobre o tema da tecnologia e do digital, a maior parte dos profissionais (53,6%) considera que a sua empresa tem uma estratégia de negócio moderadamente adaptável a mudanças rápidas e apenas 10,7% afirma ter uma estratégia “altamente adaptável”.
Os profissionais que participaram neste inquérito são sobretudo presidentes de empresas (36,3%), diretores de departamento (23,8%) e chefias intermédias (13,7%).
O QSP Summit deste ano arranca em 01 de julho no Palácio da Bolsa, e contará com a participação de António Lobo Xavier, que abordará o tema da relação entre ética e negócios.
Prossegue nos dias 02 e 03 na Exponor, em Matosinhos, “com mais de 3.500 participantes diários esperados”, segundo os cálculos da organização.