Na apresentação do projeto, já em obra há um mês, que decorreu na Casa da Arquitetura, em Matosinhos, não foi revelado o valor do investimento.

O centro universitário da Lusófona, no Porto, vai ter três novos edifícios, abrangendo uma área de seis mil metros quadrados, e deverá estar pronto em seis meses, revelou esta terça-feira o arquiteto Souto Moura, autor do projeto.
Na apresentação do projeto, já em obra há um mês, que decorreu na Casa da Arquitetura, em Matosinhos, não foi revelado o valor do investimento.
Os três edifícios distribuem-se entre o bloco da biblioteca, da cantina e do auditório, que terá capacidade para 200 pessoas e várias salas de aula, explicou o arquiteto, para quem a obra em blocos não colide com a muralha Fernandina situada do outro lado da Rua General Sousa Dias, no centro histórico da cidade.
“Isto não é um choque. Há quatro séculos de diferença, portanto também há diferenças de gosto. Estamos em 2025, a muralha Fernandina tem cinco séculos de distância. Eu não vou copiar o antigo, é ridículo. Cada tempo tem a sua identidade e a identidade tem a sua linguagem”, respondeu o autor do projeto.
Os blocos ligam-se entre si e variam entre os três e quatro pisos, sendo que num deles, no piso -1, o arquiteto teve de encontrar uma solução devido à existência de um curso de água.
Souto Moura referiu que este curso de água “não pode nem ser desviado nem fechado”, pelo que criou um canal, fechado à universidade, mas disponível para as fiscalizações que a Agência Portuguesa do Ambiente entender fazer.
A Universidade Lusófona, situada nos centros das cidades de Lisboa e do Porto, tem como objetivos “o ensino, a investigação nos vários domínios da ciência, da cultura e das tecnologias, numa perspetiva interdisciplinar e, especialmente, em ordem ao desenvolvimento dos países e povos da língua portuguesa”.