Este cenário “triste e desagradável” levou o candidato da coligação NC/PPM a exigir a requalificação dos espaços públicos, que nos bairros municipais “são generosos”, o que faria com que fossem dos melhores do país.
O cabeça de lista da Porto Primeiro (NC/PPM) à Câmara do Porto, Nuno Cardoso, criticou hoje o “desmazelo absoluto” a que a Câmara do Porto tem votado os bairros municipais, do conforto térmico ao espaço público.
“O que é denominador comum é o espaço público abandonado nos bairros municipais, onde tudo pode acontecer. Existem todo o tipo de perigos para as crianças, com muito consumo a céu aberto, como pudemos ver, e equipamentos que podiam estar abertos aos cidadãos estão fechados. É um desmazelo completo e são cidadãos de segunda”, atirou Nuno Cardoso.
O candidato, e antigo presidente da câmara, entre 1999 e 2002, falava à Lusa no Bairro de Francos, na freguesia de Ramalde, tendo visitado os espaços comuns daquela urbanização, aqui e ali apontando as ervas daninhas, atos de vandalismo e casos de consumo de estupefacientes, além de várias tendas na qual pernoitam pessoas em condição de sem-abrigo.
Cardoso visitou, ainda, a casa de um morador, “o senhor Mário”, a quem apelidam de “zelador” do bairro, por ajudar a cuidar como pode do espaço, detetando problemas no isolamento.
“Os nossos bairros municipais estão mais ou menos pintados, e neste caso foi mesmo só pintura, não houve tratamento térmico, capoto, ou substituição de caixilharias. Foi só para quem passa na VCI achar que o bairro está muito cuidado, mas não melhoraram nada”, criticou.
Este cenário “triste e desagradável” levou o candidato da coligação NC/PPM a exigir a requalificação dos espaços públicos, que nos bairros municipais “são generosos”, o que faria com que fossem dos melhores do país.
“Devemos fazê-lo, pela população que aqui reside e respeitando-a. É uma prioridade ter essa atenção pelos nossos residentes, que não são habitantes de segunda da cidade”, frisou.
Entre as medidas para este tipo de comunidades está a abertura “das escolas aos bairros”, investindo nos equipamentos culturais e desportivos de que dispõe, numa ligação que chamou de “simbiose”.
“A nossa prioridade está muito na escola, na pública em particular. Queremos que tenha o nível dos colégios privados, por uma questão de igualdade de oportunidades”, elencou, juntando-lhe a vontade de que todas as crianças portuenses possam experimentar qualquer modalidade desportiva e manifestações culturais e artísticas.
Concorrem à Câmara do Porto Manuel Pizarro (PS), Diana Ferreira (CDU – coligação PCP/PEV), Nuno Cardoso (Porto Primeiro – coligação NC/PPM), Pedro Duarte (coligação PSD/CDS-PP/IL), Sérgio Aires (BE), o atual vice-presidente Filipe Araújo (Fazer à Porto – independente), Guilherme Alexandre Jorge (Volt), Hélder Sousa (Livre), Miguel Corte-Real (Chega), Frederico Duarte Carvalho (ADN), Maria Amélia Costa (PTP) e Luís Tinoco Azevedo (PLS).
O atual executivo é composto por uma maioria de seis eleitos do movimento de Rui Moreira e uma vereadora independente, sendo os restantes dois eleitos do PS, dois do PSD, um da CDU e um do BE.
As eleições autárquicas realizam-se no domingo.
