O cabeça de Lista da candidatura Porto Primeiro explicou à Lusa que têm de se desenhar “circuitos” para dotar a cidade de transportes escolares.

O cabeça de lista da candidatura Porto Primeiro – Nuno Cardoso (coligação NC/PPM) quer criar um circuito de transportes escolares para os estudantes que ajude a resolver os problemas de trânsito junto das escola e melhorando a mobilidade da cidade.
“Queremos dotar a cidade de transportes escolares para darmos conforto às famílias e tranquilidade e tirar as famílias do stress dos horários diários das crianças, ao mesmo tempo dar autonomia às crianças e naturalmente resolver problemas de trânsito”, declarou hoje Nuno Cardoso, ex-presidente da câmara do Porto e o cabeça de lista da coligação NC/PPM.
Durante uma ação de pré-campanha para as eleições autárquicas — marcadas para 12 de outubro – para contactar com a população na Avenida dos Aliados, em frente à Câmara Municipal do Porto, Nuno Cardoso assumiu que a mobilidade no Porto é preocupante.
“A mobilidade é uma coisa que me preocupa. Temos a única medida revolucionária que é dotar a cidade de transportes escolares. Toda a gente sabe que em cada escola é um conflito de tráfego diário a várias horas do dia”.
“Tem de se estudar muito bem cada escola e de onde é que provêm os alunos e organizar esse sistema de transportes. Se todas as cidades fazem, porque é que o Porto não pode fazer?”, questiona o candidato e ex-presidente da Câmara do Porto.
Na área do turismo, Nuno Cardoso defende a “paragem completa em termos de novas licenças de alojamento local e novos licenciamentos de hotéis” e considera que haja uma maior qualificação turística no Porto .
“Temos de qualificar o turismo. Temos que garantir que o turista é bem cuidado, e não podemos apostar na massificação. Neste momento acho que temos de fazer uma paragem completa em termos de novas licenças de alojamento local e novos licenciamentos de hotéis”.
Questionado pela Lusa sobre como canalizaria algumas das verbas que a Câmara do Porto arrecada anualmente com a Taxa Municipal Turística (TMT) — em 2024, o município arrecadou mais de 20 milhões de euros -, Nuno Cardoso vê com bons olhos associar a TMT à habitação, bem como à melhoria de muitos espaços públicos e a arborização.
“Associar a taxa municipal de turismo à habitação parece-me bem, sendo certo que também há muitos espaços públicos que também têm de ser reabilitados. Temos de dar outra qualidade ao nosso espaço público que, por via das obras do metro, está absolutamente desmazelado na baixa e os turistas têm passado por verdadeiras agruras no meio destes buracos todos e deste desconforto que está transformada a cidade há muitos anos”.
Nuno Cardoso quer também arborizar mais a baixa da cidade para o combate às alterações climáticas, dando o exemplo da Rua Sá da Bandeira, no coração da Baixa do Porto, que foi arborizada em 2001 enquanto autarca, e que é “incomparável em dias de canícula” com outras ruas sem árvores.
“Acima de tudo, a Porto Primeiro vem para devolver o Porto aos portuenses. Nós queremos é que o Porto seja dos portuenses em primeiro lugar e naturalmente acolher com qualidade”, concluiu.
O atual executivo é composto por uma maioria de seis eleitos do movimento de Rui Moreira e uma vereadora independente, sendo os restantes dois eleitos do PS, dois do PSD, um da CDU e um do BE.
Concorrem à Câmara Municipal do Porto Manuel Pizarro (PS), Diana Ferreira (CDU – coligação PCP/PEV), Nuno Cardoso (Porto Primeiro – coligação NC/PPM), Pedro Duarte (coligação PSD/CDS-PP/IL), Sérgio Aires (BE), o atual vice-presidente Filipe Araújo (Fazer à Porto – independente), Guilherme Alexandre Jorge (Volt), Hélder Sousa (Livre), Miguel Corte-Real (Chega), Frederico Duarte Carvalho (ADN), Maria Amélia Costa (PTP) e Luís Tinoco Azevedo (PLS).