O cabeça de lista da Porto Primeiro (NC/PPM) à Câmara do Porto, Nuno Cardoso, manifestou-se esta terça-feira “completamente contra” a possibilidade de construção de torres na Avenida Nun´Álvares.

O cabeça de lista da Porto Primeiro (NC/PPM) à Câmara do Porto, Nuno Cardoso, manifestou-se esta terça-feira “completamente contra” a possibilidade de construção de torres na Avenida Nun´Álvares, mostrando-se confiante de que vai ganhar as eleições autárquicas.
“Eu serei completamente contra as torres, que fique claro. As torres não têm cabimento, aquela dimensão de torres é um desequilíbrio completo em relação ao tecido urbano da Foz”, disse esta terça-feira à Lusa no Mercado da Foz, numa ação de campanha, antes de embarcar num autocarro de dois andares da candidatura.
Nuno Cardoso disse, porém, ser necessário que “a Nun”Álvares se faça”.
“Já precisávamos disso há 24 anos quando eu estive a presidir a Câmara e tínhamos um projeto e todo um desenvolvimento urbano definido, que era à base de vivendas, que é, no fundo, o que a zona da [Avenida] Marechal [Gomes da Costa] tem, vivendas familiares”, considerou.
O candidato da Porto Primeiro mostrou-se ainda preocupado com “a questão da mobilidade” associada ao projeto, defendendo que a Avenida Nun”Álvares “deveria ser inserida em toda a mobilidade da Foz” e “fazer com que a Avenida Brasil e a Montevideu tivessem um trânsito muito residual”.
“Para isso, temos que ter uma avenida com dimensão suficiente e garantir, também, que os transportes públicos passam na avenida. Diminuiu-se muito o perfil transversal da avenida e isso é muito grave”, considerou.
Nuno Cardoso apontou também que com “o facto de serem três loteamentos nem sequer se dá a garantia de que há uma unidade da execução dessa avenida”.
O candidato mostrou-se ainda confiante de que vai ganhar as eleições autárquicas de domingo.
“Nós estamos a fazer a corrida inspirada no Isaac Nader [campeão mundial dos 1.500 metros]. A 100 metros da meta estava em sétimo, nós vamos também, tal como ele, no final estar em primeiro”, frisou.
Questionado se ser eleito vereador seria bom, insistiu que a sua candidatura foi feita “para liderar a cidade”.
“Somos os únicos que já demos provas. Já conquistámos muita coisa para a cidade do Porto, o metro, a resolução do problema da falta de água, todos os túneis fui eu que os construí”, recordou.
Concorrem à Câmara do Porto Manuel Pizarro (PS), Diana Ferreira (CDU – coligação PCP/PEV), Nuno Cardoso (Porto Primeiro – coligação NC/PPM), Pedro Duarte (coligação PSD/CDS-PP/IL), Sérgio Aires (BE), o atual vice-presidente Filipe Araújo (Fazer à Porto – independente), Guilherme Alexandre Jorge (Volt), Hélder Sousa (Livre), Miguel Corte-Real (Chega), Frederico Duarte Carvalho (ADN), Maria Amélia Costa (PTP) e Luís Tinoco Azevedo (PLS).
O atual executivo é composto por uma maioria de seis eleitos do movimento de Rui Moreira e uma vereadora independente, sendo os restantes dois eleitos do PS, dois do PSD, um da CDU e um do BE.