Em campanha eleitoral pela Praça Dr. Francisco Sá Carneiro, conhecida como praça Velásquez, Nuno Cardoso vincou que “as empresas da nova economia conseguem-se estabelecer nos centros de cidade”, pois “são empresas limpas, são indústrias limpas”.
O cabeça de lista da Porto Primeiro (NC/PPM) à Câmara do Porto, Nuno Cardoso, disse esta quinta-feira à Lusa que quer “criar economia” e emprego qualificado para os jovens, algo sustentado no seu projeto para a zona industrial.
“Temos um tecido de “start-ups” que, no fundo, tem a génese na nossa universidade, e essa fusão com empresas estrangeiras vai permitir, efetivamente, criar economia e fazer com que todos cresçam. O importante é conseguir criar muito emprego qualificado para os nossos jovens”, disse esta quinta-feira à Lusa.
Em campanha eleitoral pela Praça Dr. Francisco Sá Carneiro, conhecida como praça Velásquez, Nuno Cardoso vincou que “as empresas da nova economia conseguem-se estabelecer nos centros de cidade”, pois “são empresas limpas, são indústrias limpas”.
Para o candidato e antigo presidente da Câmara do Porto, o Parque Ramalde, zona económica especial que quer criar na atual zona industrial, “vai atrair muitas dessas indústrias e depois fazer parcerias com as “start-ups””.
“Eu não me conformo com o facto de estarmos a formar engenheiros e eles não conseguirem cá fixar-se porque não há emprego qualificado. É esse o nosso objetivo, é pormos a cidade muito dinâmica e vibrante, com uma economia que garanta que se pode continuar a viver e a fazer família na cidade do Porto”, vincou.
Nuno Cardoso quer que o Porto seja “a cabeça da grande cidade e da região”, pelo que “não basta ter os serviços mais qualificados, como as universidades e os hospitais”, mas também “uma economia pujante do ponto de vista empresarial privado”.
“O projeto Parque Ramalde é aquela pedra estrutural que vai redimensionar toda a cidade e região para uma nova economia que é fundamental para o país também”, referiu.
O candidato referiu ainda outra atividade económica importante no município, o turismo, rejeitando “retirar alojamento [local] que já esteja feito”.
“Mas, mais licenças acho que não. Para já temos de fazer uma moratória, avaliar muito bem a situação em que nos encontramos. Não quero atuar contra o alojamento local, não quero é que ele cresça mais”, referiu, rejeitando ainda “admitir ruínas na cidade”.
Para Nuno Cardoso, é necessário “tratar essas ruínas” e “obrigar os proprietários a fazer obras” e, “se não fizerem, a Câmara entrará em obras coercivas e, no limite, até poderá expropriar”.
“Vamos ser muito proativos nisso. Quero mobilizar os proprietários a investir, a primeira linha é ajudar os proprietários a investir”, dando ainda o exemplo de que “os proprietários muitas vezes não conseguem reabilitar os prédios porque têm um ou dois moradores”.
Para o candidato, “a Câmara pode disponibilizar uma residência temporária para esses moradores para que o proprietário possa fazer obras”.
Concorrem à Câmara do Porto Manuel Pizarro (PS), Diana Ferreira (CDU – coligação PCP/PEV), Nuno Cardoso (Porto Primeiro – coligação NC/PPM), Pedro Duarte (coligação PSD/CDS-PP/IL), Sérgio Aires (BE), o atual vice-presidente Filipe Araújo (Fazer à Porto – independente), Guilherme Alexandre Jorge (Volt), Hélder Sousa (Livre), Miguel Corte-Real (Chega), Frederico Duarte Carvalho (ADN), Maria Amélia Costa (PTP) e Luís Tinoco Azevedo (PLS).
O atual executivo é composto por uma maioria de seis eleitos do movimento de Rui Moreira e uma vereadora independente, sendo os restantes dois eleitos do PS, dois do PSD, um da CDU e um do BE.
As eleições autárquicas realizam-se no domingo.