O cabeça de lista da candidatura Porto Primeiro – Nuno Cardoso (coligação NC/PPM) revelou querer construir uma nova linha do metro, direta, entre Campanhã e o polo da Asprela.
O cabeça de lista da candidatura Porto Primeiro – Nuno Cardoso (coligação NC/PPM) revelou hoje à Lusa querer construir uma nova linha do metro, direta, entre Campanhã e o polo da Asprela, num investimento de 80 milhões de euros.
Nuno Cardoso fez as contas e diz que a ligação entre aquelas duas estações, que atualmente se faz através da Estação da Trindade e dura cerca de 34 minutos, passaria a ser cumprida em menos 11 minutos, anotando, por aí, enormes mais-valias para a população que diariamente faz o percurso para ir estudar, trabalhar ou ter uma consulta no Hospital São João ou no Instituto Português de Oncologia.
“É um projeto barato comparativamente com o que se anda a gastar por aí. Custa mais ou menos aquilo que se está a deitar fora no metrobus da Boavista”, afirmou o candidato.
Sobre o percurso da nova linha do metro, descreveu que sai de Campanhã com o sentido norte e sobrepõe-se ao canal do ramal de Leixões, atingindo a Estrada da Circunvalação. Uma vez aí, passa no viaduto da Areosa continuando à superfície até ao Hospital de São João.
Tratando de um investimento a cargo do estado central, a Lusa perguntou ao candidato como iria convencer a tutela dessa utilidade, respondendo Nuno Cardoso que o Governo “tem de estar ao serviço dos cidadãos e das várias cidades” e, além disso, que o Porto tem de ter “um líder forte” para o conseguir fazer e “que, tecnicamente, também saiba o que está a dizer”.
Insistindo tratar-se de uma obra “super fácil de fazer”, porque “sai de Campanhã e vai sobrevoando, em viaduto, terrenos ferroviários da estação de Contumil e é tudo público, não há expropriações”, Nuno Cardoso estima ser “uma obra que se faz claramente em três anos”.
“É uma obra fácil, que não implica com trânsito e com chatices. Eu acho que três anos são mais do que suficientes para fazer esta obra”, sublinhou.
Para além disso, continuou, uma vez pronta a linha constituiria uma “enorme revolução” pois pouparia, nas contas do candidato, “40 minutos por dia aos cidadãos” no somatório dos dois percursos.
Este anúncio precedeu uma arruada pelas ruas da freguesia de Paranhos que Nuno Cardoso lembrou ter mais residentes que algumas capitais de distrito, com os 46 mil pessoas registadas nos censos de 2021.
Para esta zona da cidade, Nuno Cardoso reclama uma maior aposta em equipamentos culturais e desportivos em escolas, propiciando que as escolas “se abram à cidade, ao bairro onde estão inseridos, e dessa forma complementar falhas de equipamentos que a cidade tem”.
O atual executivo é composto por uma maioria de seis eleitos do movimento de Rui Moreira e uma vereadora independente, sendo os restantes dois eleitos do PS, dois do PSD, um da CDU e um do BE.
Concorrem à Câmara Municipal do Porto Manuel Pizarro (PS), Diana Ferreira (CDU – coligação PCP/PEV), Nuno Cardoso (Porto Primeiro – coligação NC/PPM), Pedro Duarte (coligação PSD/CDS-PP/IL), Sérgio Aires (BE), o atual vice-presidente Filipe Araújo (Fazer à Porto – independente), Guilherme Alexandre Jorge (Volt), Hélder Sousa (Livre), Miguel Corte-Real (Chega), Frederico Duarte Carvalho (ADN), Maria Amélia Costa (PTP) e Luís Tinoco Azevedo (PLS).
As eleições autárquicas realizam-se a 12 de outubro.