Mutiplicam-se as reações do mundo desportivo à morte de Diogo Jota e do seu irmão André Silva, que perderam a vida na madrugada desta quinta-feira em Zamora, Espanha.
Desportistas portugueses, como o campeão olímpico Rui Oliveira, uniram-se no pesar pela morte do futebolista Diogo Jota, com o tenista Francisco Cabral a dizer que quer jogar a segunda ronda de pares de Wimbledon com um “fumo” negro.
“É impossível ficar indiferente à trágica perda [com] que nos deparamos esta manhã. A vida consegue ser cruel e injusta em formas das quais não esperamos. Um abraço solidário a toda família, mulher e filhos”, escreveu Miguel Oliveira, piloto português do MotoGP, numa publicação ilustrada com uma fotografia de Diogo Jota e do irmão André Silva, futebolista do Penafiel.
O internacional português de 28 anos e o seu irmão, futebolista do Penafiel de 25, morreram hoje de madrugada, num acidente de viação na A52, em Cernadilla, Zamora, em Espanha.
As “stories” da rede social Instagram foram o meio preferencial para alguns dos principais atletas nacionais manifestarem o pesar pelo trágico acidente, com o ciclista Rui Oliveira, campeão olímpico de madison em Paris2024 — ao lado de Iúri Leitão — e grande fã de futebol, a publicar uma foto de Diogo Jota acompanhada de um coração branco e uma estrela.
Também o seu gémeo Ivo Oliveira, sagrado campeão nacional de fundo no domingo, escolheu um coração branco para partilhar a publicação da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), a mesma escolhida por Nelson Oliveira, o ciclista português com mais presenças em grandes Voltas.
O canoísta Fernando Pimenta, duas vezes medalhado olímpico, notou que “somos um sopro”, enquanto a judoca Telma Monteiro, bronze nos -57 kg no Rio2016, partilhou a notícia com um “emoji” de mãos em oração.
Vice-campeã olímpica do triplo salto em Tóquio2020, Patrícia Mamona publicou uma fotografia em que surge ao lado de Diogo Jota com a legenda “sem palavras”, enquanto o nadador Diogo Ribeiro, campeão mundial dos 50 e 100 metros mariposa, partilhou o comunicado da FPF.
“Um dia muito triste para o desporto português. A Comissão de Atletas Olímpicos lamenta o falecimento do futebolista internacional Diogo Jota e do seu irmão, também jogador profissional André Silva”, lê-se nas redes sociais da CAO, que apresenta “sentidas condolências à família, amigos, FPF, Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol e aos clubes” que os irmãos representaram.
No mundo do ténis, as reações foram muitas — até o lendário Rafael Nadal endereçou apoio à família e amigos dos irmãos após “uma notícia tão triste e dolorosa” -, com Francisco Cabral a recordar, ainda no court, após a sua estreia vitoriosa em Wimbledon, o futebolista.
“É um grande nome, não apenas em Portugal mas no mundo. Era uma grande pessoa, com uma bonita família e três filhos”, disse o número um nacional de pares.
Cabral e o parceiro austríaco Lucas Miedler qualificaram-se para a segunda ronda de pares de Wimbledon, ao derrotarem o britânico Jamie Murray e o norte-americano Rajeev Ram por 7-6 (12-10) e 6-3.
O portuense revelou querer usar um “fumo” negro na segunda ronda, depois de não o ter encontrado a tempo para o encontro de hoje.
“Momento muito difícil para todos. Descansem em paz”, escreveu Henrique Rocha, o número três português de singulares, com Nuno Borges, o 37.º do ranking mundial, a partilhar uma foto de Diogo Jota com um coração partido.
João Sousa, o melhor tenista nacional de sempre já retirado, falou de “um momento tão duro”. “As minhas condolências a toda a família e amigos”, acrescentou.