Operação Pretoriano: Leitura do acórdão decorre hoje

Neste processo relativo aos incidentes na Assembleia Geral do FC Porto de novembro de 2023, o Ministério Público pediu penas de prisão efetiva superiores a cinco anos para seis dos 12 arguidos.

Julho 31, 2025

A leitura do acórdão da Operação Pretoriano, que tem como arguidos Fernando e Sandra Madureira, ex-dirigentes da claque Super Dragões realiza-se a partir das 14:00 de hoje no Tribunal Criminal de São João Novo, no Porto.

Neste processo relativo aos incidentes na Assembleia Geral do FC Porto de novembro de 2023, o Ministério Público (MP) pediu penas de prisão efetiva superiores a cinco anos para seis dos 12 arguidos: Fernando e Sandra Madureira, Vítor “Catão”, Hugo “Polaco”, Vítor “Aleixo” e o filho deste, com o mesmo nome, todos com ligações ao universo “azul e branco”.

Durante as alegações finais, a procuradora Susana Catarino defendeu penas suspensas para os restantes seis visados e mais pesadas para Fernando e Sandra Madureira, por alegadamente liderarem a planificação dos distúrbios na reunião magna, cuja principal finalidade era a votação de uma revisão estatutária.

Por sua vez, as defesas dos dois principais arguidos pediram a absolvição dos seus representados e, durante as alegações finais, acusaram o MP de não ter agido com o intuito da “procura e busca da verdade”. 

Segundo a acusação, os Super Dragões terão procurado “criar um clima de intimidação e medo” na Assembleia Geral, na qual ocorreram confrontos e agressões, para garantir a aprovação da proposta de alteração dos estatutos do clube, do “interesse da direção” então liderada por Jorge Nuno Pinto da Costa.

Nas eleições de abril de 2024, Pinto da Costa, presidente do clube durante 42 anos, viria a ser derrotado por André Villas-Boas.

O MP imputa ao grupo 19 crimes de coação e ameaça agravada, sete de ofensa à integridade física no âmbito de espetáculo desportivo, um de instigação pública à prática de crime, um de arremesso de objetos ou líquidos e três de atentado à liberdade de informação.

Após a fase instrutória, o tribunal levou todos os 12 arguidos a julgamento nos termos exatos da acusação, tendo considerado sólida a prova documental, testemunhal e pericial reunida.

Fernando Madureira foi o único arguido sujeito a prisão preventiva durante o período do julgamento, que se iniciou em março, enquanto Sandra Madureira, Fernando Saul, Vítor Catão e Hugo Carneiro, também com ligações à claque, foram sendo libertados durante fases anteriores.

Partilhar

Pub

Outras notícias