Parque de estacionamento comprado pela Câmara do Porto na Torrinha abre em 2026

Em causa está um parque de estacionamento comprado pela autarquia por três milhões de euros em 2024, com três pisos e capacidade para 249 lugares de estacionamento, com entrada na Rua do Instituto dos Cegos S. Manuel, na zona da Torrinha.

Julho 30, 2025

O parque de estacionamento comprado em 2024 pela Câmara do Porto na zona da Torrinha deverá abrir ao público em 2026, divulgou esta quarta-feira a STCP Serviços, que vai gerir mais três parques atualmente sob alçada de empresas municipais.

“Não sendo possível indicar desde já uma data mais fina, prevemos que aconteça até ao 1.º trimestre de 2026”, pode ler-se numa resposta da STCP Serviços a questões da agência Lusa.

Em causa está um parque de estacionamento comprado pela autarquia por três milhões de euros em 2024, com três pisos e capacidade para 249 lugares de estacionamento, com entrada na Rua do Instituto dos Cegos S. Manuel, na zona da Torrinha.

“O próximo passo é a elaboração de vários projetos de especialidades de intervenções imprescindíveis para a abertura ao público que inclui os sistemas de deteção e extração de incêndio, de deteção de monóxido de carbono e de desenfumagem, assim como o controlo de acessos”, pode ler-se na resposta à Lusa.

Em julho de 2024, aquando da discussão da compra do parque em Assembleia Municipal, o presidente da Câmara, Rui Moreira, disse que a intenção é retirar os carros, sobretudo de moradores, do espaço público.

“As pessoas que ali vivem, na esmagadora maioria não têm garagens, mas têm carros”, afirmou, acrescentando que a estratégia do município passa por “dar condições aos moradores” e ter uma “maior fruição do espaço público”, disse então.

Considerando o valor da aquisição razoável, Rui Moreira disse então ser intenção do município proibir o estacionamento naquelas artérias e avançar com um modelo de avença mensal para os moradores.

A STCP Serviços, subsidiária da STCP [maioritariamente detida pelo município do Porto] responsável pela gestão de infraestruturas, terá também a seu cargo “os parques do Silo Auto e da Praça dos Poveiros”, cuja gestão deverá transitar da Ágora (empresa municipal de Cultura e Desporto) “no início de 2026”.

“Além desses, ficaremos também com a gestão do Parque de Estacionamento da Alfândega do Porto, provavelmente ainda em 2025”, revela fonte oficial da empresa à Lusa.

A empresa tem ainda concessionados os parques do Castelo do Queijo, do Infante, da Praça D. João I, Adelino Amaro da Costa (Júlio Dinis) e Aviz”, cuja gestão direta “passará para a STCP Serviços à medida que as respetivas concessões terminarem”.

As concessões de três grandes parques de estacionamento no Porto terminarão em 2026 e 2028 e, se não forem renovadas, restará apenas uma concessão de longo prazo, até pelo menos 2040, segundo dados enviados pela autarquia à Lusa em setembro de 2024.

De um total de mais de cinco mil lugares de estacionamento disponíveis (5.079) detidos pela Câmara do Porto (há mais parques de outras entidades espalhados pela cidade), 1.622 estão concessionados, distribuídos pelos parques do Castelo do Queijo (276 lugares), Praceta Adelino Amaro da Costa (394), Praça Infante D. Henrique (318), Aviz (250) e Praça D. João I (384).

A próxima a terminar será a do parque de estacionamento do Castelo do Queijo, uma “concessão no âmbito do programa Porto 2001, com término previsto para 31 de maio de 2026”.

Haverá ainda duas concessões a terminar em 2028: a do parque da Praceta Adelino Amaro da Costa, “iniciada em 22 de outubro de 2008, com duração de 20 anos, sob gestão da Braga Parques”, e a da Ribeira (Praça Infante D. Henrique), “iniciada em 15 de dezembro de 2021, com duração de sete anos, sob gestão do Grupo Saba”.

Restará apenas uma concessão a longo prazo, no caso dos parques da Praça D. João I e Aviz, na Rua Pedro Homem de Mello, perto da Avenida da Boavista, com duração até, pelo menos, 2040.

Partilhar

Pub

Outras notícias