Pedro Duarte assume compromisso de valorizar e reter os jovens no Porto

Talento e Inovação em debate promovido pela coligação “O Porto Somos Nós”.

Julho 10, 2025

Como atrair, fixar e valorizar o talento no Porto? Esta foi a pergunta que orientou a segunda sessão do ciclo Conversas dos Aliados – uma iniciativa dedicada à reflexão sobre temas centrais para o futuro da cidade – que decorreu ontem, 9 de julho, na sede da coligação “O Porto Somos Nós” (PSD/CDS/IL), na Avenida dos Aliados. A sessão contou com a participação de João Rui Ferreira, secretário de Estado da Economia, e Ana Côrte-Real, executive MBA & corporate relations director da Porto Business School, com moderação de Paulo Alcarva, consultor, professor de finanças no ISCAP e vice-dean da Porto Executive Academy.

O debate centrou-se em dois pilares fundamentais para o futuro do Porto: talento e inovação. Para Ana Côrte-Real, “a potenciação do talento está muito dependente das lideranças” e o Porto tem de ser “um líder que permita florescer por quem cá passe”. Para tal, defendeu a construção de um “ecossistema” coeso, agregador das várias iniciativas já existentes: “O Porto tem todos os ingredientes, agora é preciso juntar os ingredientes e fazer disso algo que seja consistente”.

Neste ecossistema, a retenção de talento envolve múltiplas dimensões. O secretário de Estado João Rui Ferreira apontou fatores como o sistema de educação, a mobilidade, a cultura e a burocracia como determinantes nesse processo. Ana Côrte-Real sublinhou a importância da governance, alicerçada num bom diagnóstico sobre como cada parte envolvida pode aportar valor, seguido da responsabilização pelos vários intervenientes.

No campo da inovação, João Rui Ferreira destacou a “vantagem brutal” do Porto, por conseguir manter uma forte base industrial, mesmo com o avanço tecnológico. Essa interseção entre a tradição industrial e a crescente dimensão cosmopolita e tecnológica da cidade pode, segundo o governante, gerar um “efeito absolutamente virtuoso”. O secretário de Estado acrescentou, ainda, a capacidade de adaptação cultural do Porto e, em consonância com a candidatura de Pedro Duarte, afirmou que “inovação também é cultura, porque a cultura não é só aquilo que nós conseguimos pôr cá fora num palco, ou numa tela, ou numa partitura; a cultura é como nós transformamos as organizações.”

No encerramento da sessão, Pedro Duarte elogiou o sentido cívico da plateia – que, pela segunda semana consecutiva, encheu a sede da candidatura para refletir sobre os desafios da cidade –, e assumiu compromissos concretos para reforçar o ecossistema de inovação. Entre eles, destacou o papel do futuro presidente da Câmara Municipal do Porto numa gestão articulada, na valorização do sistema educativo e académico, na liderança regional em articulação com os municípios vizinhos, na desburocratização dos serviços municipais e num posicionamento mais proativo na atração de talento e investimento.

Para o final, reservou um eixo estruturante: a adoção de uma atitude afirmativa, que projete os méritos da cidade. “Eu não trocava o Porto por nada”, confessou, reforçando que “para atrairmos os melhores, temos de saber afirmar: este é o melhor sítio do mundo.” Com uma visão clara para o futuro, concluiu: “O que nós queremos é uma economia mais competitiva, que gere melhores salários, para atrairmos as melhores pessoas e retermos a nossa juventude.”

As Conversas dos Aliados regressam todas as quartas-feiras deste mês, no número 66 da Avenida dos Aliados. Na próxima quarta-feira, dia 16 de julho, estará em debate o tema da Segurança.

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