O investimento deverá rondar os seis milhões de euros e o candidato acredita que será possível recorrer a fundos comunitários, à semelhança do que aconteceu com o TIC.
O candidato da coligação PSD/CDS-PP/IL à Câmara do Porto propôs hoje um novo terminal rodoviário intermodal junto à estação de metro Nasoni para responder à sobrelotação do Terminal Intermodal de Campanhã (TIC).
“E a realidade é que [o TIC] talvez seja hoje vítima do seu próprio sucesso, porque tem um conjunto de movimentações de transportes que está muito acima daquilo que era o limite máximo previsto inicialmente (…). E nesse sentido, nesta área que ainda temos disponível, vamos propor a construção de um novo terminal intermodal de Campanhã, que será complementar ao que existe atualmente, para podermos aliviar algum congestionamento que ali existe”, revelou Pedro Duarte, junto à estação de metro junto ao novo Feiródromo de Campanhã.
Para o ex-ministro dos Assuntos Parlamentares, esta é uma localização que, para além de “aliviar o trânsito do centro da cidade”, vai “servir melhor a população” que usa autocarros devido à “proximidade da estação de metro, acessos automóveis, nomeadamente de proximidade à A3, à A4 e a outras infraestruturas rodoviárias”.
O investimento deverá rondar os seis milhões de euros e o candidato acredita que será possível recorrer a fundos comunitários, à semelhança do que aconteceu com o TIC.
“Eu considero que é um investimento que vale a pena ser feito, porque o retorno que aí vem é muito grande. E o custo de não o fazer também é muito elevado, porque aquilo que significa é mais trânsito na cidade, de mais confusão e congestionamento no atual terminal intermodal”, considerou.
Relativamente aos terrenos onde pretende construir este novo terminal, Pedro Duarte revelou que existem nesta zona da cidade terrenos municipais, terrenos da Metro do Porto, mas também privados.
“Não quero nesta fase, como acho que é compreensível do ponto de vista até negocial, estar a indicar qual o melhor terreno e com quem vamos negociar, porque acho que a Câmara Municipal do Porto gere dinheiros públicos e portanto tem de encontrar a melhor solução e o melhor negócio”, acrescentou.
Questionado se o congestionamento automóvel nas áreas envolventes do TIC não terá sido por falta de planeamento, o candidato contextualizou que o projeto já tinha sido pensado em 2015 e que a “liberalização” das empresas transportadoras, em 2019, mudou o paradigma.
O atual executivo é composto por uma maioria de seis eleitos do movimento de Rui Moreira e uma vereadora independente, sendo os restantes dois eleitos do PS, dois do PSD, um da CDU e um do BE.
Concorrem à Câmara Municipal do Porto Manuel Pizarro (PS), Diana Ferreira (CDU – coligação PCP/PEV), Nuno Cardoso (Porto Primeiro – coligação NC/PPM), Pedro Duarte (coligação PSD/CDS-PP/IL), Sérgio Aires (BE), o atual vice-presidente Filipe Araújo (Fazer à Porto – independente), Guilherme Alexandre Jorge (Volt), Hélder Sousa (Livre), Miguel Corte-Real (Chega), Frederico Duarte Carvalho (ADN), Maria Amélia Costa (PTP) e Luís Tinoco Azevedo (PLS).
As eleições autárquicas realizam-se a 12 de outubro.