O cabeça de lista da coligação PSD/CDS-PP/IL à Câmara do Porto comprometeu-se esta sexta-feira a “redesenhar” as Avenidas Atlânticas.
O cabeça de lista da coligação PSD/CDS-PP/IL à Câmara do Porto comprometeu-se esta sexta-feira a “redesenhar” as Avenidas Atlânticas, para que estas “causem menos desconforto” aos automobilistas, mas interligá-las ao projeto da futura Avenida Nun”Álvares.
“É uma das medidas que vamos claramente assumir (…), vamos tentar interligar isso também com aquilo que vai ser o desenho da nova Avenida Nun” Álvares, porque elas serão complementares, estas duas infraestruturas”, garantiu esta sexta-feira Pedro Duarte, à margem de uma caminhada pela União das freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde.
Para o candidato, é “evidente” que estas duas vias “não estão bem”.
“Nós vamos encontrar uma solução que cause menos desconforto aos automobilistas, mas que privilegie muito o transporte público e que privilegie, (…)principalmente, aquilo que é o espaço pedonal e aquilo que são as ciclovias que devem existir”, prometeu.
A reversão da contestada intervenção feita em 2019 na Avenida do Brasil e na Avenida de Montevideu, naquela união de freguesias, com inclusão de uma ciclovia na faixa de rodagem, foi uma das medidas que pautou o acordo celebrado em 2021 entre o PSD e o movimento independente de Rui Moreira e ainda não foi concretizada.
Questionado pelos jornalistas sobre uma proposta do candidato do Chega, que quer que as freguesias possam limitar atestados de residência nos seus territórios, Pedro Duarte tornou a garantir que será “absolutamente implacável com circunstâncias que não preenchem aquilo que é a legalidade e aquilo que é a regularidade de uma cidade que se quer decente do ponto de vista até humano”.
Pedro Duarte garantiu ainda estar “fora de questão” coligar com o Chega após as eleições.
O ex-ministro dos Assuntos Parlamentares voltou a falar de imigração e a desafiar o candidato Manuel Pizarro (PS) a dizer “o que pensa” sobre a política de imigração nacional.
Na quinta-feira, Pizarro não respondeu diretamente à pergunta de Pedro Duarte, mas lançou-lhe outro desafio: a pronunciar-se se é “a favor das rendas moderadas do governo até 2.300 euros” ou a favor das rendas moderadas propostas no programa socialista ao Porto.
“Daquilo que interessa à cidade, e aquilo que interessa à Câmara Municipal do Porto, a nossa proposta é muito clara. Nós vamos manter a tabela que a câmara municipal tem hoje em dia para o arrendamento acessível”, respondeu Pedro Duarte, que disse discordar do modelo do PS “em que tem uma renda única”.
Reiterando que defendem que a renda acessível seja ajustada aos rendimentos das famílias, Pedro Duarte considerou ainda que o compromisso do PS em construir cinco mil casas vai “endividar” os portuenses.
Pedro Duarte disse, contudo, que não considera 2.300 euros um valor moderado para uma renda.
“Não [acho um valor moderado], acho que é uma questão, se quisermos, de semântica. Porque a proposta do Governo – e não sou eu que tenho que defender – é muito clara a dizer que é até esse valor. Por exemplo, no Porto, isso é impensável, nunca vai acontecer rendas dessa natureza, do ponto de vista daquilo que é os apoios da câmara”, afirmou.
Concorrem à Câmara do Porto Manuel Pizarro (PS), Diana Ferreira (CDU – coligação PCP/PEV), Nuno Cardoso (Porto Primeiro – coligação NC/PPM), Pedro Duarte (coligação PSD/CDS-PP/IL), Sérgio Aires (BE), o atual vice-presidente Filipe Araújo (Fazer à Porto – independente), Guilherme Alexandre Jorge (Volt), Hélder Sousa (Livre), Miguel Corte-Real (Chega), Frederico Duarte Carvalho (ADN), Maria Amélia Costa (PTP) e Luís Tinoco Azevedo (PLS).
O atual executivo é composto por uma maioria de seis eleitos do movimento de Rui Moreira e uma vereadora independente, sendo os restantes dois eleitos do PS, dois do PSD, um da CDU e um do BE.
As eleições autárquicas realizam-se a 12 de outubro.