Pedro Duarte quer problema dos sem-abrigo no Porto residual em 2029 

Em declarações à margem de uma arruada na freguesia de Paranhos, o candidato falou de dois problemas que mexem com o espaço público na cidade, os toxicodependentes e os sem-abrigo, para dizer que a primeira situação “é inaceitável” e que a segunda “será alvo de um forte combate”.

Setembro 29, 2025

O candidato da coligação PSD/CDS-PP/IL à Câmara do Porto, Pedro Duarte, revelou esta segunda-feira à Lusa a vontade de, até ao final do mandato, tornar-se residual o número de sem-abrigo na cidade, estimando que atualmente haja mais de 600.

Em declarações à margem de uma arruada na freguesia de Paranhos, o candidato falou de dois problemas que mexem com o espaço público na cidade, os toxicodependentes e os sem-abrigo, para dizer que a primeira situação “é inaceitável” e que a segunda “será alvo de um forte combate”.

“Temos um problema fortíssimo na nossa cidade relacionado com os sem-abrigo, que tem aumentado de forma exponencial, ao ponto de hoje não termos sequer dados oficiais”, afirmou Pedro Duarte, admitindo que o desconhecimento dos números reais pode impactar no planeamento que quer seguir.

“Nós hoje fazemos uma estimativa, não mais do que isso, que aponta para, pelo menos, 600 pessoas a viver nesta circunstância”, revelou o ex-ministro da AD.

E para determinar, com rigor, um número que admite ser maior, Pedro Duarte explicou que a estratégia passa por “monitorizar”, com equipas da câmara e da Polícia Municipal a “acompanhar de forma diferente do que se tem acompanhado”.

“Junto da rede que já existe e que é boa, muitas delas de natureza voluntária, de muitos cidadãos e associações, mas também com a ajuda da câmara, vamos ter de encontrar soluções para que todas as pessoas possam dormir debaixo de um teto”, expressou o candidato.

Questionado quando prevê ter o problema resolvido, Pedro Duarte respondeu “para ser honesto, é muito difícil darmos uma data, mas eu quero que no final do mandato possamos olhar para a cidade, se calhar não se poder dizer que não há sem-abrigo, que isso provavelmente nenhuma cidade do mundo poderá dizer, [e perceber que ] passa a ser um problema residual e que há uma resposta imediata sempre que aparecer uma circunstância dessas”.

O candidato acrescentou ser sua intenção ter no primeiro ano de mandato as equipas preparadas e depois as instalações também prontas para acolher essas pessoas.

Questionado se o combate ao consumo de droga passa por haver mais salas de consumo vigiado no Porto, Pedro Duarte admitiu-o como possível, estudando a sua localização, ao mesmo tempo que avalia a continuidade na Pasteleira Nova da única sala da cidade.

“Aquilo não tem um bom enquadramento. Aquela zona está degradadíssima à volta. É uma zona que está colada a uma escola básica, com um colégio ao lado, com também muitas crianças, junta à Fundação de Serralves e, de facto, não tem contribuído sequer para uma boa coesão social e harmonia social”, refletiu.

E prosseguiu: “se queremos tirar os toxicodependentes da rua, nomeadamente quando consomem, é importante darmos condições que, por um lado, garantem, do ponto de vista da saúde pública, melhores condições para todos nós e, em particular, também para essas pessoas, que estão numa circunstância de doença”, continuou.

Concorrem à Câmara do Porto Manuel Pizarro (PS), Diana Ferreira (CDU – coligação PCP/PEV), Nuno Cardoso (Porto Primeiro – coligação NC/PPM), Pedro Duarte (coligação PSD/CDS-PP/IL), Sérgio Aires (BE), o atual vice-presidente Filipe Araújo (Fazer à Porto – independente), Guilherme Alexandre Jorge (Volt), Hélder Sousa (Livre), Miguel Corte-Real (Chega), Frederico Duarte Carvalho (ADN), Maria Amélia Costa (PTP) e Luís Tinoco Azevedo (PLS).

O atual executivo é composto por uma maioria de seis eleitos do movimento de Rui Moreira e uma vereadora independente, sendo os restantes dois eleitos do PS, dois do PSD, um da CDU e um do BE.

As eleições autárquicas realizam-se em 12 de outubro.

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