A petição é endereçada ao presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, ao presidente da Assembleia Municipal, Sebastião Feyo de Azevedo, aos deputados e aos vereadores eleitos e deseja “o regresso à discussão pública do projeto no âmbito e perspetiva dos órgãos autárquicos que venham a resultar do próximo ato eleitoral que não devem ser sujeitos a um facto consumado”.
Uma petição que pede a “imediata suspensão” de novas decisões relacionadas com o projeto que prevê a construção de três torres até 25 andares junto à futura avenida de Nun”Álvares contava, às 18:00 de hoje, com 1.516 assinaturas.
Evocando a proximidade das eleições autárquicas e ainda a “falta de consensualidade da proposta”, a petição criada há quatro dias pede que não sejam tomadas novas decisões relativas à Unidade Operativa de Planeamento e Gestão 1(UOPG1) — Nun”Álvares, que prevê a construção de uma nova avenida na zona da Foz do Douro e Nevogilde e a urbanização das áreas envolventes, onde poderão nascer novas praças, jardins e três torres até 25 andares.
A petição é endereçada ao presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, ao presidente da Assembleia Municipal, Sebastião Feyo de Azevedo, aos deputados e aos vereadores eleitos e deseja “o regresso à discussão pública do projeto no âmbito e perspetiva dos órgãos autárquicos que venham a resultar do próximo ato eleitoral que não devem ser sujeitos a um facto consumado”.
Para além das torres, que os peticionários consideram que estão em “total dissonância do entorno”, é referido o estreitamento da futura avenida em relação a um projeto anterior o que “impossibilitará para sempre uma linha de metro e uma solução moderna de mobilidade”.
É ainda evocado o “desconhecimento generalizado da proposta por parte dos munícipes, que demonstraram claramente querer ser ouvidos, como provam as impressionantes 1306 participações cívicas no portal “participa.pt” quanto ao âmbito do estudo de impacto ambiental”, que para os peticionários demonstra a “importância e definitividade da proposta em curso”.
Entre os primeiros peticionários, encontram-se Miguel Aroso, Fernando Braga de Matos, João Pedro Antunes, Francisco Sousa Rio e outros nomes que em dezembro de 2024 renunciaram ao cargo de deputados eleitos pelo PSD para a Assembleia da União das freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde por incumprimento do acordo estabelecido com o movimento independente relativamente à presidência da mesa. Também Vladimiro Feliz, que um mês antes renunciou ao seu mandato como vereador na Câmara do Porto, assina a petição.
No final de julho, um grupo de portuenses fundou a Associação Porto Atlântico para “falar a uma só voz e legitimar a contestação” feita em torno do projeto da futura avenida Nun”Álvares e defender aquela zona.
Constituída oficialmente a 31 de julho, a Associação Porto Atlântico surgiu após se terem juntado centenas de pessoas a um grupo de “whatsApp”, criado por Miguel Aroso, no qual tem sido debatida e contestada a possibilidade da construção de três torres até 25 andares.
Durante o mês de julho, esteve em consulta pública a proposta de definição no âmbito do Estudo de Impacte Ambiental relativa às unidades de loteamento da futura avenida Nun”Álvares (que ligará a Praça do Império à Avenida da Boavista), que recebeu 1.306 participações.