PJ realiza buscas na Universidade do Porto e no INEM

Seis detidos por corrupção e fraude na compra de sistemas informáticos através do PRR.

Julho 8, 2025

A Polícia Judiciária (PJ) está hoje a realizar buscas na Universidade do Porto e no Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) no âmbito de um mesmo processo, confirmou à Lusa fonte daquela força policial.

Segundo a CNN Portugal, no caso da Universidade do Porto há suspeitas de corrupção e fraude na obtenção de fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) relacionados com a aquisição de sistemas informáticos, num esquema que terá lesado o Estado e a União Europeia em dezenas de milhões de euros.

Os polos industriais que vendem os serviços de “software” e “hardware” estão localizados na Grande Lisboa e, segundo a estação televisiva, foram hoje também alvo de buscas pela PJ.

Em comunicado remetido à Lusa, o INEM confirmou “a presença da Polícia Judiciária nas instalações do Instituto em Lisboa, no âmbito de um processo de investigação que envolve outras entidades”.

“O INEM encontra-se, naturalmente, a colaborar com as Autoridades, disponibilizando toda a informação solicitada”, conclui.

U.Porto confirma buscas da PJ em processo no qual “estaria a ser vítima”

A Universidade do Porto (U.Porto) avançou hoje que a presença da Polícia Judiciária (PJ) nas suas instalações está relacionada com um processo de cartelização por aquisição de material informático, do qual esta instituição “estaria a ser vítima”.

“A Universidade do Porto recebeu hoje uma equipa de inspetores da Polícia Judiciária, a qual se encontra a recolher informação no âmbito da investigação de um processo de cartelização relacionado com a aquisição de material informático, do qual a U.Porto estaria a ser vítima”, lê-se no comunicado enviado à agência Lusa.

A U.Porto acrescenta que “a referida investigação terá sido iniciada pela Procuradoria Europeia e envolverá a realização de buscas em todo o pais, junto de várias entidades públicas e privadas”, e avança que, caso se justifique, se constituirá como assistente no processo.

“A Universidade do Porto está a colaborar ativamente com o trabalho das autoridades e absolutamente empenhada no total esclarecimento de todos os factos relacionados com este processo, admitindo constituir-se como assistente no processo caso venham a ser deduzidas acusações contra algum dos seus funcionários”, refere.

A PJ está hoje a realizar buscas na U.Porto e no Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) no âmbito de um mesmo processo, confirmou à Lusa fonte daquela força policial.

Segundo a CNN Portugal, no caso da Universidade do Porto há suspeitas de corrupção e fraude na obtenção de fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) relacionados com a aquisição de sistemas informáticos, num esquema que terá lesado o Estado e a União Europeia em dezenas de milhões de euros.

Os polos industriais que vendem os serviços de “software” e “hardware” estão localizados na Grande Lisboa e, segundo a estação televisiva, foram hoje também alvo de buscas pela PJ.

Em comunicado remetido à Lusa, o INEM confirmou “a presença da Polícia Judiciária nas instalações do Instituto em Lisboa, no âmbito de um processo de investigação que envolve outras entidades”.

“O INEM encontra-se, naturalmente, a colaborar com as autoridades, disponibilizando toda a informação solicitada”, conclui.

Seis detidos por corrupção e fraude na compra de sistemas informáticos através do PRR

Seis pessoas foram hoje detidas pela Polícia Judiciária (PJ) por suspeita de corrupção e fraude na aquisição de sistemas informáticos por universidades e escolas públicas financiadas pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), anunciaram hoje as autoridades.

A operação foi a primeira a ser dirigida em Portugal pela Procuradoria Europeia, em coordenação com o Departamento de Investigação e Ação Penal Regional do Porto.

Segundo a PJ, os detidos são um administrador e três funcionários de uma empresa tecnológica, um funcionário de uma empresa concessionária e um funcionário público.

Os arguidos são suspeitos de terem integrado um “esquema criminoso, de caráter organizado e sistémico, para obtenção ilegal de informação privilegiada em procedimentos de contratação pública e privada, através de entrega de vantagens patrimoniais e não patrimoniais a funcionários das entidades contratantes”.

Em causa estão adjudicações de, pelo menos, 20 milhões de euros.

Numa nota, a Procuradoria Europeia precisa que a investigação está relacionada com “projetos destinados à aquisição de sistemas informáticos por uma universidade e escolas secundárias públicas, em projetos financiados pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)”.

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