Projeto nasceu há 48 horas e já conta com uma elevada adesão. Há 200 voluntários a oferecer ajuda.
O objetivo é simples, mas poderoso: ser um elo de ligação entre quem precisa de ajuda e quem quer ajudar. ‘Portugal Sem Chamas’ é uma plataforma digital que acaba de ser lançada para ajudar as vítimas dos incêndios. O projeto solidário nasceu há cerca de 48 horas e já conta com a adesão de 200 voluntários, entre empresas, cidadãos e influenciadores.
Com o lema “Unidos na prevenção, solidários na recuperação”, acaba de ser lançada uma plataforma digital gratuita de apoio às vítimas dos incêndios com o simples propósito de ligar quem precisa de ajuda e quem quer ajudar: ‘Portugal Sem Chamas’.
A ideia nasceu inspirada no apelo solidário partilhado pela atriz Jéssica Athayde e depois pelo humorista António Raminhos nas redes sociais, onde se prontificavam para divulgar empresas e pessoas dispostas a apoiar vítimas dos incêndios. O gesto despertou num grupo de voluntários a vontade de ajudar e agir perante um país a arder, colocando a tecnologia ao serviço da solidariedade. Em duas horas desenvolveram o protótipo da plataforma, recorrendo a inteligência artificial para mobilizar ajuda, agilizar processos e multiplicar o impacto.
“Hoje, usamos IA em tudo. Tarefas que antes demoravam meses, resolvem-se numa semana, e as de uma semana, em apenas uma hora. Pensámos em trazer essa agilidade para a solidariedade e assim potenciar respostas a emergências.”, explica Ricardo Paiágua, um dos criadores da plataforma.
Vários tipos de contribuição
Com o propósito de reunir numa única plataforma o apoio de empresas, cidadãos e influenciadores, o ‘Portugal Sem Chamas’ já conta com duas centenas de voluntários a oferecer ajuda. Alimentos e Água; Roupas e Bens Essenciais e Apoio Financeiro/donativos são os três tipos de ajuda com maior contribuição.
“O projeto nasceu há cerca de 48 horas e já regista uma enorme adesão, entre eles, médicos, advogados, arquitetos, empresários e pessoas de várias áreas a oferecer ajuda como podem. No mesmo espaço, qualquer pessoa pode partilhar o seu pedido de ajuda, juntar links de crowdfunding, redes sociais ou outras informações que mostrem a sua realidade”, explica.
Como funciona?
O ‘Portugal Sem Chamas’ funciona com quatro plataformas: Preciso de Ajuda – pessoas afetadas descrevem a sua situação e necessidades; Quero Ajudar – marcas ou cidadãos registam ofertas de apoio: bens, alojamento, transporte, doações ou divulgação, a plataforma faz o match; Influenciadores Solidários – lista de figuras públicas que mobilizam as suas comunidades para apoiar vítimas e Estado dos Fogos – informação atualizada sobre incêndios ativos, controlados e extintos.
“Fazer plataformas é o mais fácil. Nós só queremos unir Portugal num movimento solidário e que gera ferramentas de apoio a quem perdeu muito ou tudo com os incêndios. Mas se cada um contribuir um pouco, multiplicamos a ajuda.”, sublinha Ricardo Paiágua.
De referir que, Ricardo Paiágua já esteve envolvido várias iniciativas solidárias como: Cama Solidária (durante a pandemia, mobilizou centenas de voluntários e caravanas para acolher profissionais de saúde); Computador Solidário (distribuiu milhares de computadores a estudantes sem meios para acompanhar as aulas online); Acolhe um Herói (juntou famílias a bombeiros e operacionais deslocados em grandes incêndios) e Acolhe um Ucraniano (mobilizou alojamentos e apoio para centenas de refugiados no início da guerra).