Quase um terço dos jovens europeus não querem ter filhos

Dados de um inquérito que envolveu mais de 30 mil jovens em 12 países europeus.

Julho 16, 2025

Cerca de um terço dos jovens europeus não querem ter filhos, apontando a insegurança económica e as prioridades pessoais como causas, e 70% defendem que o acesso à preservação da fertilidade daria maior liberdade de escolha.

Segundo um inquérito que envolveu mais de 30.000 jovens em 12 países europeus, o desejo da parentalidade permanece vivo na juventude europeia, mas já não é unânime.

Mais de dois em cada três (67%) consideram-se bem informados sobre fertilidade, um valor inferior face ao nível de literacia que dizem ter sobre métodos contracetivos (80%), uma diferença que espelha uma lacuna na educação reprodutiva, especialmente quando menos de metade (49%) disse ter discutido estes temas com um profissional de saúde.

Os dados recolhidos indicam que 33% afirmam ter pouca ou nenhuma informação sobre os fatores que influenciam a capacidade de engravidar.

Sete em cada dez consideram que o acesso a técnicas de preservação da fertilidade — como a criopreservação de óvulos ou espermatozoides — numa idade mais jovem lhes permitiria decidir com mais autonomia se e quando querem ter filhos e 77% defendem que estas opções devem ser mais debatidas publicamente, para combater o estigma.

Ao longo dos últimos quatro anos, o Barómetro Future, elaborado pela Merck, procurou compreender as expectativas e preocupações das novas gerações sobre o futuro da Europa, incluindo temas como saúde, inovação, sustentabilidade e parentalidade.

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