Reabilitação disponibiliza cinco novas habitações na Rua do Cantor Zeca Afonso

O edifício passa, agora, a integrar a bolsa de património habitacional disperso que a Domus Social tem vindo a recuperar para arrendamento apoiado

Maio 26, 2025

Estão concluídas as obras de reabilitação e ampliação de um edifício no cruzamento da Rua do Cantor Zeca Afonso com a António Cândido, na freguesia de Paranhos. A empreitada, gerida pela Domus Social, resultou na criação de cinco novas frações com destino à habitação em regime de renda apoiada, num investimento de cerca de 520 mil euros.

A intervenção, junto a um dos principais eixos da cidade, entre a Rua da Constituição e a de Damião de Góis, tirou partido da nova configuração urbana criada pela abertura da Rua do Cantor Zeca Afonso, que transformou uma antiga empena numa fachada renovada.

O edifício original foi reabilitado, com a possibilidade de ser ampliado, a partir da construção de um volume integrado na nova fachada poente, com frente para a Rua Cantor Zeca Afonso. Esta ampliação nas traseiras acrescentou 97 m² de área construída, elevando a área bruta total para 412 m².

Em traços gerais, a nova construção passou a desenvolver-se em dois volumes: um com cerca de 12 metros de altura e outro mais baixo, ao nível do logradouro. A entrada principal foi deslocada para a fachada poente, onde sfoi criado um espaço central coletivo.

A nova caixa de escadas, em volume autónomo, surge no alinhamento da Rua do Cantor Zeca Afonso e marca o remate visual no cruzamento das duas artérias.

Habitação funcional com espaços exteriores

Da autoria do gabinete JF&GP ARQ-DES, o projeto teve como objetivo rentabilizar ao máximo a área edificável e redesenhar as tipologias para responder às exigências da habitação contemporânea.

O edifício pré-existente foi reorganizado em quatro apartamentos – três T2 com 75 m² e um T1 com 65 m² –, num esquema de um fogo por piso.

A quinta habitação, um T1 com 61 m², resulta da construção do novo corpo na fachada poente e desenvolve-se ao longo do logradouro, parte do qual é de uso privativo, com acesso direto para o jardim.

Todos os fogos privilegiam a relação com o exterior, seja através de varandas, seja por ligação direta ao jardim. A organização interna é funcional e a relação entre a área bruta e a área útil é baixa, otimizando o espaço habitável.

Nova construção com cobertura verde

Ao nível da construção, destacam-se acabamentos exteriores em reboco pintado (com sistemas ETICS ou areados), paredes da caixa de escadas em vidro perfilado, caixilharias em madeira com vidro duplo na fachada da Rua António Cândido e caixilharias em alumínio com rutura térmica nas restantes.

No interior, os pavimentos das zonas sociais e quartos são em madeira, com revestimentos cerâmicos nas zonas de serviço.

No que toca às coberturas, o edifício original mantém a cobertura em telha, enquanto a nova construção adota uma cobertura verde, com vegetação tipo Landlab/Sedum.

O edifício passa,agora, a integrar a bolsa de património habitacional disperso que a Domus Social tem vindo a recuperar para arrendamento apoiado, no âmbito de uma estratégia contínua de regeneração urbana e valorização do parque habitacional público da cidade.

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