Rui Moreira diz ser “um desperdício” não se avançar com transporte fluvial no rio Douro

“A via fluvial tem um potencial enorme, mas deve ser visto como transporte público”, afirmou Rui Moreira durante a sessão da Assembleia Municipal do Porto.

Maio 6, 2025

O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, considerou esta segunda-feira “um desperdício” não se avançar com o transporte fluvial no rio Douro, via com “um potencial enorme” para o transporte público.

“A via fluvial tem um potencial enorme, mas deve ser visto como transporte público”, afirmou Rui Moreira durante a sessão da Assembleia Municipal do Porto.

Interpelado pelo deputado Rui Sá, da CDU, sobre a travessia fluvial entre a Afurada, em Gaia, e o Cais do Ouro, no Porto, que se encontra suspensa desde 2020, o autarca independente lembrou que o transporte foi delegado, por deliberação da Assembleia Municipal, nas competências da Área Metropolitana do Porto (AMP).

“A STCP Serviços não pode atuar naquilo que foi delegado a outrem. Esperemos que a Área Metropolitana do Porto faça alguma coisa”, disse, exemplificando que o transporte fluvial poderia ziguezagueando entre o município de Gondomar e a Foz do Douro no Porto.

“É um desperdício não o fazer”, considerou.

O tema foi levantado durante a discussão do contrato-programa entre o município e a STCP Serviços, que foi aprovado por maioria, com o voto contra da CDU e a abstenção do PS e BE.

Em julho de 2022, a AMP aprovou delegar ao Porto e a Gaia competências sobre o transporte fluvial no rio Douro, permitindo à STCP Serviços lançar um concurso para a travessia Afurada — Ouro.

Nesse verão, a travessia foi retomada em regime excecional durante as festas de S. Pedro e o Festival Meo Marés Vivas.

Já em junho de 2023, o presidente da AMP e da Câmara de Gaia, Eduardo Vitor Rodrigues, disse duvidar da viabilidade financeira da travessia entre a Afurada e o Cais do Ouro, apontando um investimento inicial de 1,2 milhões de euros.

“O nível de exigência legal para uma embarcação iniciar uma operação e um procedimento contratual é de tal ordem que eu não consigo antever, no estudo económico-financeiro, nenhuma viabilidade para uma travessia”, disse o autarca.

Em maio, Eduardo Vítor Rodrigues já tinha dito que os municípios de Vila Nova de Gaia e do Porto equacionavam atribuir, durante o verão, uma licença precária a uma embarcação para assegurar o transporte fluvial de passageiros no rio Douro.

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