Três de 114 alunos afetados por problemas nas provas do 9.º ano pediram anulação

Os alunos que ficam com a prova da 1.º fase anulada, por decisão dos encarregados de educação, realizam na 2.ª fase as provas finais como internos.

Julho 18, 2025

Apenas três dos 114 alunos que apresentaram queixas por constrangimentos no exame de matemática do 9.º ano pediram para anular a prova, ficando agora habilitados para dois novos momentos de avaliação, segundo o Governo. 

Na quarta-feira, o Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI) admitiu ter havido problemas durante a realização das provas de matemática do 9.º ano em 15 escolas, reportados por encarregados de educação e pelas próprias escolas.

Perante as queixas, o Júri Nacional de Exames decidiu dar “a possibilidade de os encarregados de educação escolherem pela validação da prova realizada, sem conhecimento da classificação, ou, em opção, anular a prova da 1.ª fase e realizar a prova na 2.ª fase como se da primeira fase se tratasse”, explicou então o gabinete do ministério da Educação.

Em resposta dada hoje à Lusa, o MECI salientou que o “Júri Nacional de Exames (JNE) efetuou um levantamento das queixas apresentadas pelos encarregados de educação e, posteriormente, teve de solicitar pronúncia às escolas, para poder analisar as situações” relacionadas com o “tempo de compensação na prova de Matemática”, previsto na lei. 

No total, existiam 114 alunos em 15 escolas a quem foi dada a opção de validar a prova realizada sem conhecimento da classificação ou anular a prova da 1.ª fase e realizá-la na 2.ª fase, podendo depois ter uma época especial, em agosto, em data a determinar.

“À exceção dos encarregados de educação de 3 alunos, todos os encarregados de educação decidiram validar a prova final realizada na 1.ª fase”, refere a tutela. 

“O JNE salienta que a resposta dada foi atempada, ou seja, antes da afixação das pautas”, diz o Ministério, recordando que o “procedimento não é novo e já foi aplicado em anos letivos anteriores”.

Os alunos que ficam com a prova da 1.º fase anulada, por decisão dos encarregados de educação, realizam na 2.ª fase as provas finais como internos.

Caso não concluam o 3.º ciclo do ensino básico após a realização da 2.ª fase, poderão realizar, como autopropostos, as provas finais na época especial.

Assim, a 2.ª fase das provas finais de matemática, agendadas para 22 de julho, “vão ser realizadas por todos os alunos que, após a realização das provas na 1.ª fase estão em situação de não aprovação no 9.º ano do Ensino Básico e pelos três alunos que, por opção dos encarregados de educação, viram a prova anulada na 1.ª fase”. 

“Todos os alunos, sem exceção, que realizaram provas finais podem pedir a reapreciação das provas”, recorda o Ministério, liderado por Fernando Alexandre.

O ministério da Educação não esclareceu quais as escolas onde ocorreram estes problemas e em concreto quais os problemas reportados que justifiquem esta opção.

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