Um arguido na operação que desencadeou hoje buscas na TAP

Em causa estão suspeitas da prática de crimes de administração danosa, recebimento ou oferta indevidos de vantagem, participação económica em negócio e abuso de poder.

Setembro 23, 2025

A operação “Cheque In”, que hoje motivou buscas na TAP e num escritório de advogados, relacionadas com a indemnização à antiga administradora da transportadora aérea Alexandra Reis, fez já um arguido, adiantou à Lusa fonte ligada à investigação.

A mesma fonte especificou que o arguido pertence à sociedade de advogados onde se realizaram buscas.

A TAP foi hoje alvo de buscas no âmbito de um inquérito à indemnização paga a uma ex-administradora da companhia aérea, anunciou o Ministério Público.

As buscas abrangeram ainda um escritório de advogados em Lisboa e “pesquisas em equipamentos informáticos da Secretaria-Geral do Governo”, refere, numa nota, a Procuradoria da República da Comarca de Lisboa.

Em causa estão suspeitas da prática de crimes de administração danosa, recebimento ou oferta indevidos de vantagem, participação económica em negócio e abuso de poder.

O inquérito é dirigido pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa e em investigação estão “factos relacionados com a atribuição de indemnização aquando da renúncia de uma vogal e membro do Conselho de Administração e Comissão Executiva da TAP”.

Em dezembro de 2022 a TAP esteve envolvida numa polémica devido ao pagamento de uma indemnização de 500 mil euros à então administradora Alexandra Reis pela sua saída antecipada da companhia.

Em 31 de maio de 2023 a gestora assegurou ter devolvido nesse dia à empresa 266.412,76 euros, “o montante líquido global indicado pela TAP”.

Segundo o comunicado, as buscas de hoje visam “a apreensão da documentação” e estão a ser “presididas por procuradores da República e juiz de instrução, coadjuvados por inspetores da Polícia Judiciária (PJ)”.

De acordo com a PJ, a operação contou com a participação de 20 inspetores e especialistas da Polícia Científica da instituição, estando o caso afeto à Unidade Nacional de Combate à Corrupção.

Contactada pela Lusa, a TAP garantiu estar a colaborar com as autoridades em todas as investigações e rejeitou comentar processos judiciais.

“A TAP não comenta processos judiciais e colabora sempre com as autoridades em todas e quaisquer investigações”, reagiu a companhia aérea, por escrito.

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